Enseñanza de las Ciencias Naturales en la Educación Primaria de Jóvenes y Adultos: hegemonías y resistencias

Abstract

En este trabajo exploramos las prácticas de enseñanza de Ciencias Naturales que se desarrollan en la Educación Primaria de Jóvenes y Adultos en la provincia de Santiago del Estero, Argentina. Realizamos observaciones de clases y entrevistas al personal docente y directivo de instituciones de la modalidad. Encontramos prácticas hegemónicas descontextualizadas, con una imagen inductivista de la ciencia alejada de los territorios donde se enclavan los centros educativos. Existen a la vez prácticas educativas con una direccionalidad problematizadora de situaciones de injusticia, que promueven diálogos de saberes y vivires. Sin embargo, éstas no se sistematizan ni se difunden hacia el conjunto, lo cual les resta potencialidad transformadora.

n this research paper we explore the diversity of teaching practices of Natural Sciences that are carried out in the Primary Education of Youth and Adults in the province of Santiago del Estero. We conducted classroom observations and interviews with teachers and administrators and a feedback workshop with staff from one of the schools participating in the study. We found different tensions between curricular documents, teaching practices and unmet needs for continuous teacher training. We recognised the existence of hegemonic practices that are decontextualized, with an inductivist image of science that is far removed from the territories where the educational centers are located. At the same time, there are teaching practices with a problematizing directionality of situations of injustice that promote dialogues of knowledge and experiences. However, in the absence of institutional spaces for exchange and reflection among teachers, these practices are neither systematized nor disseminated to the whole, which reduces their transformative potential.

Neste artigo de pesquisa, exploramos as práticas de ensino de Ciências Naturais que são desenvolvidas no ensino fundamental para jovens e adultos na província de Santiago del Estero, Argentina. Para isso, realizamos observações em sala de aula e entrevistas com professores e diretivos de instituições desta modalidade e um workshop de feedback com a equipe de uma das escolas participantes do estudo. Encontramos diferentes tensões entre os documentos curriculares, as práticas de ensino e as necessidades não atendidas de formação continuada de professores. Reconhecemos a existência de práticas hegemônicas descontextualizadas, com uma imagem indutivista da ciência, a qual estava distante dos territórios onde estão localizados os centros educacionais. Também identificamos práticas pedagógicas com uma abordagem problematizadora de situações de injustiça, que promovem diálogos de conhecimentos e experiências. Entretanto, na ausência de espaços institucionais de troca e reflexão entre os professores, essas práticas não são sistematizadas nem disseminadas para o conjunto, o que reduz seu potencial transformador.