“Lectora amiga”: Género y experiencia de escolarización en la Argentina de la década de 1930

Abstract

Este trabajo analiza la relación entre género y experiencia de escolarización en la Capital Federal Argentina en la década de 1930. Partiendo de la biografía de una “niña” escolarizada en esa década, se pondrá en relación su experiencia particular -recuperada también desde sus lecturas y cuadernos de clase - con las representaciones sobre los roles asignados a las “niñas”, como futuras mujeres, en los libros de lectura utilizados en las escuelas de dicha jurisdicción. En este sentido, los libros de lectura para la educación primaria se convierten en una fuente muy valiosa, por ser un soporte fundamental en la difusión de valores morales, estéticos y patrióticos de la época. En una trama que articula lo macro y micropolítico, la riqueza que la experiencia biográfica arroja a través de historias particulares, del ‘cuerpo a cuerpo’ (Agamben, 2014, p. 19), aporta herramientas de un gran valor heurístico para el estudio de dicha relación.

This paper aims to analyze the relationship between gender and schooling experience in the Argentine Federal Capital in the 1930s. Starting from the biography of a "girl" who attended school between 1932-1937, her particular experience will be related to the representations on the roles or places assigned to the "girls", as future women, in the reading books authorized by the National Council of Education to be used in the schools and recovered for their textbook and class notebooks. In this sense, textbooks for elementary school become a very valuable source, as they are a fundamental support in the dissemination of moral, aesthetic and patriotic values of the time. In a plot that articulates macro and micropolitical elements, the richness that the biographical experience throws through particular stories, of the 'body to body' (Agamben, 2014, p. 19), provides tools of great heuristic value for the study of that relationship.

Este trabalho analisa a relação entre gênero e experiência de escolarização na Capital Federal Argentina nos anos 1930. Partindo da biografia de uma "menina" que frequentou a escola naquela década, será relatada sua particular experiência - recuperada também de suas leituras e cadernos de aula - em tensão com as representações sobre os papéis atribuídos às “meninas”, como futuras mulheres, nos livros de leitura utilizados nas escolas. Nesse sentido, os livros de leitura utilizados no ensino fundamental tornam-se uma fonte muito valiosa, pois são um suporte fundamental na disseminação dos valores morais, estéticos e patrióticos da época. Numa trama que articula elementos macro e micropolíticos, a riqueza que a experiência biográfica lança através de histórias particulares, do “corpo a corpo” (Agamben, 2014, p. 19), fornece ferramentas de grande valor heurístico para o estudo do dito relacionamento.