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dc.contributor.author
Soprano Manzo, Germán Flavio
dc.contributor.other
Daniel Zirker
dc.contributor.other
Suzeley Kalil, Mathias
dc.date.available
2020-01-15T18:09:29Z
dc.date.issued
2016
dc.identifier.citation
Soprano Manzo, Germán Flavio; Culturas militares na Argentina do século XIX ao início do século XXI; Universidade Estadual Paulista. Cultura Acadêmica; 2016; 29-66
dc.identifier.isbn
978-85-7983-715-9
dc.identifier.uri
http://hdl.handle.net/11336/94766
dc.description.abstract
A relativa autonomia dos militares, enquanto grupo social dentro dos Estados e das sociedades contemporâneas, foi definida pelas Ciências Sociais recorrendo a diferentes abordagens, metodologias e categorias analíticas. A existência de identidades, organizações e sociabilidades particulares não constitui uma característica exclusiva dos militares como grupo. No entanto, os membros das Forças Armadas foram reconhecidos como atores sociais com lógicas e práticas socioculturais marcadamente singulares e diferenciadas de outros grupos que integram as sociedades das quais fazem parte e têm a missão de defender. Seguindo a proposta do livro, neste capítulo propõe-se analisar características relevantes das culturas militares na Argentina desde o século XIX até o início do século XXI, explorando a utilidade hermenêutica do conceito de quase-etnicidade, isto é, compreendendo os militares como quase-grupos étnicos ou étnico-nacionais. Focaremos em particular o Exército (força de terra) por ser a força de maior magnitude, espalhada por todo o território e de incidência mais forte na política nacional ao longo de sua história. Para adotar este conceito, faz-se necessário definir ao menos duas questões: uma de caráter teórico-metodológico e outra substantiva. Primeira questão: compartilhamos com Daniel Zirker sua crítica a concepções primordialistas e instrumentalistas da etnicidade. Portanto, assumimos também a necessidade de indagar no estudo das identidades étnico-nacionais levando em conta, simultaneamente, suas dimensões culturais e as lutas políticas travadas por atores sociais específicos em torno da produção de sentidos socialmente legítimos da nação e do nacionalismo. Por conseguinte, optamos por utilizar uma noção e usos construtivistas da etnicidade dos grupos étnicos ou étnico-nacionais. Segunda questão: entendemos que desde o final do século XIX o processo de construção do Estado-nação na Argentina foi relativamente bem-sucedido, pois as elites dirigentes conseguiram produzir e atualizar suas pretensões de conformar uma identidade nacional que compreendeu praticamente a totalidade de sua população. Portanto, nem naquele extenso período, nem na atualidade se constituíram ou manifestaram grupos sociais significativos, residentes no país, que conseguissem consagrar identidades étnico-nacionais alternativas. Esta última afirmação deve ser compreendida considerando que, por um lado, o nation building argentino no século XIX estava longe de ser um processo livre de violência, pois passou por uma sangrenta etapa de guerras civis e de subjugação das sociedades indígenas das regiões de Pampa, Patagonia e do Chaco e, por outro lado, os sentidos da nação argentina e do nacionalismo foram e/ou são objeto de disputa entre diferentes grupos; em outras palavras, seu conteúdo reconhece sentidos amplamente compartilhados, mas também diferenças. Por último, setores dirigentes ou outros grupos da sociedade perceberam e/ou percebem a emergência de ameaças externas ou internas operando contra a nação, seja aquelas associadas com a presença massiva de população europeia imigrante entre fins do século XIX e início do século XX, como o comunismo ou outras identidades políticas locais tidas por subversivas ou revolucionárias como o peronismo durante o período da Guerra Fria, ou como os imigrantes de países vizinhos, o crime organizado (em especial o narcotráfico) e o terrorismo no contexto da globalização na virada do século XX para o século XXI. Ao longo do capítulo, desenvolvemos nossos argumentos servindo-nos do diálogo com estudos de outros cientistas sociais (historiadores, sociólogos, cientistas políticos e antropólogos) que analisaram os temas militares na Argentina dos séculos XIX, XX e XXI, recorrendo também a investigações históricas e etnográficas próprias que efetuamos sobre as Forças Armadas para o período compreendido entre o ano de 1983 e o presente.
dc.format
application/pdf
dc.language.iso
por
dc.publisher
Universidade Estadual Paulista. Cultura Acadêmica
dc.rights
info:eu-repo/semantics/openAccess
dc.rights.uri
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/2.5/ar/
dc.subject
CULTURAS MILITARES
dc.subject
ESTADO
dc.subject
SOCIEDAD
dc.subject
ARGENTINA
dc.subject.classification
Antropología, Etnología
dc.subject.classification
Sociología
dc.subject.classification
CIENCIAS SOCIALES
dc.title
Culturas militares na Argentina do século XIX ao início do século XXI
dc.type
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type
info:eu-repo/semantics/bookPart
dc.type
info:ar-repo/semantics/parte de libro
dc.date.updated
2019-12-18T13:39:59Z
dc.journal.pagination
29-66
dc.journal.pais
Brasil
dc.journal.ciudad
San Pablo
dc.description.fil
Fil: Soprano Manzo, Germán Flavio. Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas; Argentina. Universidad Nacional de Quilmes; Argentina. Universidad Nacional de La Plata; Argentina
dc.relation.alternativeid
info:eu-repo/semantics/altIdentifier/url/http://www.culturaacademica.com.br/catalogo/militares-e-democracia/
dc.conicet.paginas
208
dc.source.titulo
Militares e democracia: Estudos sobre a identidade militar
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