Soberanía alimentaria y conflictividad agraria en Argentina : movimiento campesino indígena, patrones rurales y gobierno a partir del paro agropecuario del 2008

Abstract

Presentamos una caracterización de la estructura agraria de Argentina, con una profundización del modelo de desarrollo capitalista en un escenario de agudización del conflicto agrario, tras lo que fue una iniciativa gubernamental de modificar el sistema impositivo de producción de granos destinados a la exportación. A partir del primer trimestre del año 2008, cuatro entidades agropecuarias de carácter patronal, irrumpieron y provocaron una disputa que tuvo proyección en todo el país. Mostramos los reclamos anclados en la lucha de organizaciones campesino-indígenas, que tomaron forma de comunicados y pronunciamientos, movilizaciones y acciones sustentadas en formas de resistencia al modelo agro-industrial-exportador imperante, focalizando en principios y prácticas expresados en la Soberanía alimentaria. Nuestro análisis permite visualizar una disputa fundamental y fundante respecto a desde dónde? qué? quienes? y para quienes? se producen alimentos en Argentina. Así como, permite señalar un primer momento de acercamiento – no exento de contradicciones - de estas organizaciones con ciertas políticas del gobierno nacional.

We approach a characterization of the agrarian structure of Argentina, deepened the capitalist model of development, a stage of deepening the agrarian conflict arises, by what was an initiative to produce a change in the tax system of grain production for export. From the first quarter of 2008, four agricultural entities character employer broke into a dispute that had projection nationwide. Claims show anchored in the struggle of peasant-indigenous organizations, which took the form of statements and pronouncements, mobilizations and actions supported in forms of resistance to the prevailing model, focusing on principles and practices expressed on food sovereignty. Foundational dispute over from where? What? Who? And for whom? Food is produced in Argentina. And it allows point first - not without contradictions - with government national policy guidelines.

Nós apresentamos uma caracterização da estrutura agrária da Argentina, com um aprofundamento do modelo capitalista de desenvolvimento num cenário de aumento do conflito agrário, através do que foi uma iniciativa do governo para produzir uma mudança no sistema tributário da produção de grãos destinados exportação. A partir do primeiro trimestre de 2008, quatro entidades ruralistas, entraram e provocaram uma disputa que teve projeção nacional. Mostramos reivindicações ancoradas na luta das organizações camponesas - indígenas, que tomou a forma de declarações e pronunciamentos, mobilizações e ações apoiadas em formas de resistência à o modelo agro-industrial-exportador prevalecente, concentrando-se em princípios e práticas expressas na Soberania alimentar. Nossa análise permite mostrar uma disputa fundamental e fundacional sobre de onde? o quê? quem? e para quem? os alimentos são produzidos na Argentina. Como também mostrar uma primeira orientação - não sem contradições – de aproximação destas organizações com certas políticas do governo nacional.