Resistencia animal: ética, perspectivismo y políticas de subversión

Abstract

El presente texto constituye una suerte de micro-manifiesto autocrítico cuyo objetivo es revisar varios elementos compartidos por los/as activistas del “Movimiento abolicionista de liberación animal”. Así pues, señalamos diversos aspectos problemáticos de algunos de los supuestos que entrañan sus discursos, al tiempo que proponemos derroteros alternativos. Alejados/as de relatos a-históricos y universalistas, consideramos que es necesario plantear lugares situados y múltiples de enunciación, que resistan tanto al especismo antropocéntrico, como al dogmatismo y fanatismo de cierto veganismo. Siguiendo con la herencia de autores como Deleuze, Nietzsche y Derrida, mostraremos cómo la resistencia animal exige la deconstrucción de la lógica jerárquica, dual e identitaria (que ha opuesto el ser al devenir, la verdad a la ficción, el hombre a la mujer y al animal, etc.), privilegiando así la pluralidad y la multiplicidad para abordar otros modos de pensarnos a nosotros/as y nuestros modos de vincularnos con lo(s) animal(es). Desde este enfoque, re/constituimos las prácticas veganas como estrategias ético-políticas que buscan desnaturalizar y “hacer temblar” el régimen sacrificial y el orden carnofalogocéntrico dominante. Tres son los quiebres que deseamos plantear: el tránsito de la moral a la ética, el paso del universalismo al perspectivismo y, por último, la metamorfosis de la identidad vegana a los veganismos como prácticas estético-ético-políticas.

O presente texto se constitui como uma espécie de micro-manifesto autocrítico, cujo objetivo é analisar vários elementos compartilhados entre os ativistas do “movimento abolicionista pela libertação animal”. Assim, mostramos vários aspectos problemáticos de alguns dos pressupostos derivados de seus discursos, enquanto propomos rotas alternativas. Distantes de relatos históricos e universalistas, consideramos que é necessário alargar os lugares situados e múltiplos da enunciação que podem resiste tanto ao especismo antropocêntrico quanto ao dogmatismo e ao fanatismo de certo veganismo. De acordo com a herança de autores como Nietzsche, Deleuze, Derrida, nós mostraremos como a resistência animal requer a desconstrução da lógica hierárquica, dual (que opõe o ser ao devir, a verdade à ficção, o homem à mulher e ao animal, etc.), privilegiando assim pluralidades e multiplicidades no que tange a outras maneiras de pensarmos a nós mesmos e a outras maneiras de nos vincularmos aos animais. Nesta perspectiva, re/constituímos as práticas vegan como estratégias ético-políticas que procuram desnaturalizar e “agitar” o sistema sacrifical e a ordem carnofalogocêntrica. Existem três aspectos que desejamos investigar: o trânsito da moral à ética, a mudança do universalismo para o perspectivismo e, finalmente, a metamorfose da identidade vegan para os veganismos como práticas estético-ético- políticas.

The current text comprises a sort of auto-critic micro-manifest whose goal is to revise various elements shared by the activists in “the abolitionist movement for animal liberation”. Thus, we point out several problematic aspects of some of assumptions listed in the discourses, at the same time that we propose alternative paths. Far from historic and Universalist interpretations, we consider that it is necessary to set out various and multiple places of expression that will resist not only the anthropocentric speciesism, but also to the dogmatism and fanaticism of certain kinds of veganism. Following with the heritage of authors such as Deleuze, Nietzsche, and Derrida, we will show how the animal resistance demands the deconstruction of the hierarchical, dual, and identitarian logic (which has contrasted the being with the becoming, reality against fiction, man against woman and animal, etc.) favoring this way a plural and multiple view to face other ways to conceive us and our ways to connect with other animals. From this viewpoint, we reconstruct vegan practices as ethical-political strategies that intend to denaturalize and shake a sacrificial regime and the dominant carnofalogocentric order. We are looking to pose three fractures: the transfer from moral to ethical order, the allocation from the universalism to perspectivism, and last the metamorphosis to the vegan identity to the veganism as a political esthetic-ethic practice.