Apego y recuperación del desarrollo temprano de niñas y niños en acogimiento familiar

Abstract

En situaciones de maltrato, niños/as son separados de sus familias e ingresados en cuidados alternativos. Aunque se conocen las consecuencias del maltrato, faltan estudios sobre la recuperabilidad durante el cuidado alternativo. Este estudio longitudinal analizó la recuperación del desarrollo temprano en 30 niños/as de hasta 36 meses en acogimiento familiar y el efecto de los modelos de apego de sus 20 cuidadoras sobre dicha recuperación. Se administraron escalas de desarrollo (Prunape e IODI) al ingreso y al cuarto mes del acogimiento. Las cuidadoras respondieron al cuestionario CaMir. Los modelos lineales mixtos identificaron tres dimensiones relacionales predictoras de la recuperación (preocupación familiar, apoyo familiar y reconocimiento de personas significativas). Niños/as con cuidadoras de apego seguro registraron mayor recuperación del desarrollo. El acogimiento familiar con ciertos estilos de relación promueve la resiliencia.

In situations involving mistreatment, children are separated from their families and placed in alternative care. While the consequences of mistreatment on a child's development are well-documented, studies on their recovery while in alternative care are lacking. This longitudinal study analyzed early development recovery in 30 children aged up to 36 months old and the impact of the attachment models used by their 20 caregivers on this process. Developmental scales (Prunape and IODI) were used following a child's admission to foster care and after four months with their foster family. Caregivers provided responses to the CaMir Questionnaire. Mixed linear models identified three relational dimensions that helped predict the level of recovery (Family concern, Family support and Recognition of significant others). Children with caregivers who used a secure attachment model showed increased recovery with their early development. Foster care practices based on specific relational styles promote resilience.

Em situações de maus-tratos, crianças são separadas de suas famílias e encaminhadas para cuidados alternativos. Embora se conheçam as consequências do maus-trato, faltam estudos sobrea recuperação durante o cuidado alternativo. Este estudo longitudinal analisou a recuperação do desenvolvimento precoce em 30 crianças de até 36 meses de idade em acolhimento familiar e o impacto dos modelos de apego de suas 20 cuidadoras sobre essa recuperação. Foram aplicadas escalas de desenvolvimento (Prunape e IODI) na entrada e no quarto mês de acolhimento. As cuidadoras responderam ao Questionário CaMir. Os modelos lineares mistos identificaram três dimensões relacionais (Preocupação-Apoiio familiar e Reconhecimento de pessoas significativas) como preditoras da recuperação. Além disso, crianças com cuidadoras de apego seguro apresentaram maior recuperação. O acolhimento familiar com certos estilos relacionais promove a resiliência.