Desigualdades espaciales y espacio-temporales en la mortalidad prematura por cáncer cervicouterino en Argentina (2001–2020)

Abstract

Objetivo. Estimar los años de vida perdidos (AVP) por cáncer cervicouterino (CCU) a nivel subnacional de Argentina en el período 2001-2020, e identificar conglomerados espaciales y espacio-temporales. Métodos. Estudio ecológico y de serie temporal. Los datos de óbitos fueron obtenidos de la Dirección de Estadísticas e Información en Salud y los datos de población de los censos del Instituto Nacional de Estadística y Censos y las proyecciones intercensales. Se estimaron tasas brutas y ajustadas por edad de AVP agrupadas en quinquenios, por provincias de Argentina. Se aplicaron técnicas de autocorrelación espacial, mediante el cálculo del índice de Moran e indicadores locales de asociación espacial y de escaneo estadístico espacio-temporal para detectar conglomerados espacio-temporales. Resultados. En el período 2001-2020 se registraron 37 265 óbitos por CCU, que correspondieron a 1 398 661 AVP. La tasa ajustada de AVP exhibió un aumento significativo entre el primer quinquenio (5,42 por 1 000; IC 95% 5,40-5,44) y el último (5,75 por 1 000; 5,73-5,76). Las provincias mostraron un comportamiento estable o en aumento, a excepción de Jujuy y Santa Cruz donde el descenso de los AVP fue significativo. Se constató una persistencia temporal de un conglomerado espacial en el norte del país; y de conglomerados espaciotemporales de altas tasas en la región Noroeste (Salta/Jujuy) durante 2001-2009 y Noreste en 2011-2020. Conclusiones. La mortalidad prematura por CCU en Argentina evidenció una tendencia al aumento, con mayor concentración en provincias del norte. El descenso observado en algunas provincias podría atribuirse, en parte, a diferencias en la implementación de programas de prevención.

Objective. To estimate years of life lost (YLL) due to cervical cancer (CC) at the subnational level in Argentina from 2001 to 2020 and identify spatial and spatiotemporal clusters of CC mortality. Methods. Ecological time-series study. Mortality data were obtained from the Directorate of Health Statistics and Information, and population data, from the censuses conducted by the National Statistics and Census Institute and intercensal projections. Crude and age-adjusted YLL rates, grouped into five-year periods, were estimated for each province of Argentina. Spatial autocorrelation techniques were applied, namely Moran’s index, local indicators of spatial association and space-time scan statistics, to detect spatiotemporal clustering. Results. In the period 2001–2020, 37 265 deaths due to cervical cancer were recorded, corresponding to 1 398 661 YLL. The adjusted YLL rate showed a significant increase between the first five-year period (5.42 per 1000; 95%CI, 5.40–5.44) and the last (5.75 per 1000; 95%CI, 5.73–5.76). All provinces exhibited stable or rising rates, except for Jujuy and Santa Cruz, both of which had significant reductions in YLL. Persistence of a spatial cluster over time was observed in the North of the country, and spatiotemporal clustering of high rates was detected in the Northwest region (Salta/Jujuy) during the years 2001–2009 and in the Northeast region in 2011–2020. Conclusions. Premature mortality due to cervical cancer in Argentina showed a rising trend over the study period, with a greater concentration in northern provinces. The decline observed in some provinces could be attributed partly to differences in the implementation of prevention programs.

Objetivo. Estimar os anos de vida perdidos (AVP) devido ao câncer do colo do útero (CCU) em nível subnacional na Argentina durante o período de 2001 a 2020 e identificar conglomerados espaciais e espaço-temporais. Métodos. Estudo ecológico e de série temporal. Os dados dos óbitos foram obtidos da Dirección de Estadísticas e Información en Salud e os dados populacionais, dos censos do Instituto Nacional de Estadística y Censos e de projeções intercensitárias. As taxas brutas e ajustadas por idade de AVP foram estimadas e agrupadas em quinquênios, por província. Foram aplicadas técnicas de autocorrelação espacial, calculando o índice de Moran e indicadores locais de associação espacial e estatística de varredura espaço-temporal para detectar conglomerados espaço-temporais. Resultados. No período de 2001 a 2020, foram registrados 37 265 óbitos por CCU, o que corresponde a 1 398 661 AVP. A taxa ajustada de AVP apresentou um aumento significativo entre o primeiro quinquênio (5,42 por 1000; IC 95%: 5,40 a 5,44) e o último (5,75 por 1000; IC 95%: 5,73 a 5,76). As províncias mostraram tendências de estabilidade ou aumento, com exceção de Jujuy e Santa Cruz, onde a diminuição dos AVP foi significativa. Foi constatada uma persistência temporal de um conglomerado espacial no norte do país e de conglomerados espaço-temporais com altas taxas na região Noroeste (Salta/Jujuy) de 2001 a 2009 e na região Nordeste de 2011 a 2020. Conclusão. A mortalidade prematura por CCU na Argentina apresentou uma tendência de aumento, com uma concentração maior nas províncias do norte. A diminuição observada em algumas províncias pode ser atribuída, em parte, a diferenças na implementação de programas de prevenção.