Comunidades de frontera en los andes patagónicos binacionales

Abstract

Este articulo reflexiona sobre el concepto de comunidad en la zona patagónica andina, dividida políticamente entre Chile y Argentina. Tomamos como fuentes datos etnográficos y revisión de bibliografía que consideran distintos casos, procedentes de ambos lados de los Andes, donde la referencia a lo comunitario aparece a nivel de poblado con administración estatal y de poblado de estructura familiar. El enfoque comparativo entre Argentina y Chile permite evidenciar cómo la emergencia de lo comunitario, a pesar de vincularse con un relato introspectivo, siempre devela la presencia del Estado-nación como interlocutor inescapable. Asimismo, se resaltan factores vinculados con la constitución comunitaria: la amenaza y la organización. Proponemos que, si bien la amenaza induce a fortalecer los lazos sociales y a desarrollar un sentido de pertenencia confrontativo, esto logra ser constituyente en el momento en que se articula una organización interna basada en elementos afectivos.

This article aims to reflect upon the concept of community in the Andean Patagonia, a territory politically divided between Argentina and Chile. We use ethnographic data and bibliographical revisions as sources to consider different cases, proceeding from both sides of the Andes. Here, the refences to the communal appear at two levels: population with state administration and population with familiar structure. The comparative approach between Argentina and Chile allows to underline how the emergence of the communal, despite always being related to an introspective narrative, reveals the presence of the nation-state as an inescapable interlocutor. Moreover, we take into consideration two factors related to communal construction: menace and organization. We claim that while menace tightens internal social binds and develops an oppositional sense of belonging, it becomes effectively constitutional of a communal order, only of it manages to fully articulate an internal organization based on affective elements.

Este artigo reflete sobre o conceito de comunidade na região da Patagônia Andina, dividida politicamente entre Chile e Argentina. Utilizamos dados etnográficos e uma revisão da bibliografia como fonte, que considera diferentes casos, vindos de ambos os lados da Cordilheira dos Andes, onde a referência à comunidade aparece no nível de um município com administração estatal e um município com estrutura familiar. A abordagem comparativa entre Argentina e Chile permite mostrar como a emergência da comunidade, apesar de vinculada a uma história introspectiva, sempre revela a presença do Estado-nação como interlocutor incontornável. Da mesma forma, destacam-se fatores relacionados à constituição da comunidade: a ameaça e a organização. Propomos que, embora a ameaça induza a fortalecer os laços sociais e a desenvolver um sentido de pertença conflituosa, esta consegue ser constitutiva no momento em que se articula uma organização interna baseada em elementos afetivos.