Artículo
En tiempos de crisis (que junto a Rosa Luxemburgo las comprendemos permanentes, no episódicas bajo el capitalismo), las violencias se profundizan. Entre ellas, las vinculadas a las relaciones de clase entre los sexos. Ante el avance neofascista y, por lo tanto, de misoginia liberada, nos resulta necesario repensar las relaciones entre economía política y corporalidad, entre neoliberalismo y patriarcado, entre subjetividad y capitalismo, y sus retroalimentaciones desde la división sexual del trabajo. Los discursos no están desatados de las experiencias de las personas. Por ello reflexionamos sobre las marcas que dejan las transformaciones del capitalismo sobre subjetividades y corporalidades, con las claves de lectura de Paola Tabet (2018, 2005). Pensamos desde los aportes del feminismo materialista desde el sur, y hacemos puentes con otras reflexiones y pensadoras, traemos distintas construcciones teóricas y experiencias políticas que, a modo de constelaciones (BOLLA, 2024), coexisten, en distintos lugares, en tiempos continuos y a veces discontinuos, pero que se leen en un horizonte de utopía feminista al Sur (CIRIZA, 2024). Ponemos en diálogo autoras, sentires y experiencias políticas situadas en el Sur, para rastrear, en una búsqueda más amplia, las posibilidades de transgresiones feministas desde el Abya Yala. Reivindicamos aquella dimensión que permanece inapropiable, que resiste desde y en nuestros cuerpos, y que nos dota de un arsenal propio para armarnos frente a los embates patriarcales, capitalistas y coloniales de nuestros tiempos. Em tempos de crise (que, junto com Rosa Luxemburgo e outros, entendemos ser permanente, e não episódica, no capitalismo), a violência se aprofunda. Entre elas, aquelas ligadas às relações de classe entre os sexos. Diante do avanço neofascista e, portanto, da misoginia liberada, é necessário que repensemos as relações entre economia política e corporalidade, entre neoliberalismo e patriarcado, entre subjetividade e capitalismo, e sua retroalimentação a partir da divisão sexual do trabalho. Os discursos não estão desvinculados das experiências das pessoas. Por essa razão, refletimos sobre as marcas deixadas pelas transformações do capitalismo nas subjetividades e corporeidades, com as chaves de leitura de Paola Tabet (2018, 2005). Pensamos a partir das contribuições do feminismo materialista do Sul, e construímos pontes com outras reflexões e pensadores, trazemos diferentes construções teóricas e experiências políticas que, como constelações (Bolla, 2024), coexistem, em diferentes lugares, em tempos contínuos e às vezes descontínuos, mas que são lidos em um horizonte de utopia feminista no Sul (Ciriza, 2024). Colocamos em diálogo autores, sentimentos e experiências políticas localizadas no Sul, a fim de traçar, em uma busca mais ampla, as possibilidades de transgressões feministas a partir do Abya Yala. Recuperamos essa dimensão que permanece inapropiable, que resiste em nossos corpos e que nos fornece nosso próprio arsenal para nos armarmos contra as investidas patriarcais, capitalistas e coloniais de nossos tempos. In times of crisis (which, along with Rosa Luxemburg we understand permanent, not episodic under capitalism), violence deepens. Among them, those linked to class relations between the sexes. In the face of the neo-fascist advance and, therefore, of liberated misogyny, it is necessary for us to rethink the relations between political economy and corporality, neoliberalism and patriarchy, subjectivity and capitalism, and their feedback from the sexual division of labour. Discourses are not untied from people's experiences. So we reflect on the marks left by the transformations of capitalism on subjectivities and corporealities, with Paola Tabet's reading keys (2018, 2005). We think from the contributions of materialist feminism from the South, and we build bridges with other reflections and thinkers; we bring different theoretical constructions and political experiences that, like constellations (BOLLA, 2024), coexist, in different places, in continuous and sometimes discontinuous times, but that are read in a horizon of feminist utopia in the South (CIRIZA, 2024). We put in dialogue authors, sentiments and political experiences located in the South, in order to trace, in a broader search, the possibilities of feminist transgressions from the Abya Yala. We reclaim that dimension that remains not appropriable, that resists from and in our bodies, and that provides us with our own arsenal to arm ourselves against the patriarchal, capitalist and colonial onslaughts of our times.
Lo inapropiable: transgresiones feministas al sur. Arsenal feminista contra la desesperación
Fecha de publicación:
02/2024
Editorial:
Universidade Federal da Bahia
Revista:
Revista Feminismos
ISSN:
2317-2932
Idioma:
Español
Tipo de recurso:
Artículo publicado
Clasificación temática:
Resumen
Archivos asociados
Licencia
Identificadores
Colecciones
Articulos(IDIHCS)
Articulos de INST.DE INVEST.EN HUMANIDADES Y CS SOCIALES
Articulos de INST.DE INVEST.EN HUMANIDADES Y CS SOCIALES
Citación
Pasero, Maria Victoria; Lo inapropiable: transgresiones feministas al sur. Arsenal feminista contra la desesperación; Universidade Federal da Bahia; Revista Feminismos; 12; 2; 2-2024; 1-31
Compartir