Compasión y Empatía: Emocionalización en el Sistema Penal Juvenil Uruguayo

Abstract

En el artículo abordamos la dimensión moral del estado para analizar las prácticas psi en el Sistema Penal Juvenil Uruguayo. Analizamos los procesos de responsabilización adolescente a partir de dos categorías analíticas centrales que construyen la emocionalización de la sociedad. Utilizamos los datos construidos en un estudio de caso de enfoque etnográfico desarrollado en centros que ejecutan medidas judiciales privativas de libertad (2016-2020). Realizamos análisis temático de contenido de 8 legajos móviles en donde los equipos técnicos plasman sus saberes expertos acerca de las/os adolescentes así como sus objetivos de intervención. Los resultados muestran cómo la responsabilización se produce como un proceso temporal, en el cual la compasión circula para la explicación del delito en clave de culpabilización familiar y trauma, y la empatía se propone como un sentimiento que debería emerger como señal de una intervención adecuada y auspiciosa para un futuro, en clave de desistencia. El análisis de las emociones es una dimensión fundamental para comprender las formas de gobierno y castigo que operan en el Sistema Penal Juvenil Uruguayo. La limitación principal del estudio radica en las dificultades para acceder a la información en espacios de encierro y en lo específico del material de análisis utilizado: legajo móvil.

Neste artigo, abordamos a dimensão moral do Estado para analisar as práticas psi no Sistema Penal Juvenil Uruguaio. Analisamos os processos de responsabilização adolescente por meio de duas categorias analíticas centrais que constroem a emocionalização da sociedade. Utilizamos os dados construídos em um estudo de caso com abordagem etnográfica desenvolvido em centros que implementam medidas judiciais privativas de liberdade (2016-2020). Realizamos análise temática de conteúdo de 8 registros móveis onde as equipes técnicas documentam seus conhecimentos especializados sobre os adolescentes, bem como seus objetivos de intervenção. Os resultados mostram como a responsabilização ocorre como um processo temporal, no qual a compaixão circula para explicar a delinquência em termos de culpa familiar e trauma, e a empatia é proposta como um sentimento que deveria surgir como sinal de uma intervenção adequada e auspiciosa para um futuro e um processo de desistência. A análise das emoções é uma dimensão fundamental para entender as formas de governo e punição que operam no Sistema Penal Juvenil Uruguaio. A principal limitação do estudo está nas dificuldades de acesso a informações e pesquisas em espaços de confinamento e na especificidade do material de análise utilizado, o registro móvel.

In this article we address the moral dimension of the State to analyze “psy” practices in the Uruguayan Juvenile Justice System. We analyze the adolescent responsibility processes through two central analytical categories that construct the emotionalization of society. We used data constructed in a case study with an ethnographic approach developed in centers that implement custodial measures (2016-2020). We conducted thematic content analysis of 8 mobile records where technical teams documented their expert knowledge about adolescents, as well as their intervention objectives. The results show how responsibilization occurs as a temporal process, in which compassion circulates to explain delinquency in terms of family blame and trauma, and empathy is proposed as a sentiment that should emerge as a sign of adequate and auspicious intervention for a future and a desistance process. The analysis of emotions is a fundamental dimension for understanding the forms of governance and punishment that operate in the Uruguayan Juvenile Justice System. The main limitation of the study lies in the difficulties in accessing information and researching in confinement spaces and in the specificity of the material used for analysis, the mobile record.