Violencia de género y buenas prácticas periodísticas: Tramas de sentido en guías, manuales y decálogos para la cobertura periodística de casos de violencia de género en Argentina

Abstract

En este trabajo abordamos las guías, manuales y decálogos para la cobertura de casos de violencia de género destinadas a periodistas, publicados en Argentina entre 2007 y 2021. Entendemos a estos documentos como producciones discursivas donde reconocemos huellas de disputa de sentidos para (re)significar la violencia de género. Como estrategia metodológica, desde una perspectiva sociodiscursiva, reconstruimos los contextos de producción de cada material, nos centramos en los topos discursivos que encontramos en la construcción del problema como social y en las recomendaciones. Concluimos que los manuales ofrecen herramientas generales para abordar la violencia de género en los medios de comunicación, donde se tensionan ciertos sentidos, por ejemplo, qué es la violencia y quiénes se encuentran en el par víctima-victimario. A su vez, reconocemos que entre el 2015 y 2020 se produce una multiplicación de agentes que prescriben estas formas correctas de hacer periodismo con perspectiva de género.

In this study, we examine guides, manuals, and decalogues for the coverage of gender violence cases aimed at journalists, published in Argentina between 2007 and 2021. We consider these documents as discursive productions where we identify traces of the struggle to redefine the meaning of gender violence. Using a socio-discursive perspective, our methodological strategy involves reconstructing the contexts in which each material was produced. We focus on the discursive topoi that frame the issue as a social problem and the recommendations provided. We conclude that the manuals offer general tools for addressing gender violence in the media, highlighting tensions around concepts such as what constitutes violence and who is cast in the roles of victim and perpetrator. Furthermore, we recognize that between 2015 and 2020, there was a proliferation of entities prescribing these correct forms of gender-sensitive journalism.

Neste trabalho abordamos os guias, manuais e decálogos para a cobertura de casos de violência de gênero destinados a jornalistas, publicados na Argentina entre os anos 2007 e 2021. Entendemos esses documentos como produções discursivas, onde reconhecemos traços de disputa de sentidos para (re)significar a violência de gênero. Como estratégia metodológica, desde uma perspectiva sociodiscursiva, reconstruímos os contextos de produção de cada material, nos enfocamos nos topos discursivos que encontramos na construção do problema como social e nas recomendações. Concluímos que os manuais oferecem ferramentas gerais para abordar a violência de gênero nos meios de comunicação, onde alguns sentidos são tensionados, por exemplo, o que é violência e quem se encontra no par vítima-agressor. Ao mesmo tempo, reconhecemos que entre 2015 e 2020 há uma multiplicação de agentes que prescrevem essas formas corretas de fazer jornalismo com perspectiva de gênero.