Transferencia de ivermectina de heces bovinas al suelo subyacente detectada mediante técnica HPLC

Abstract

Nas produção animal, Os programas de controle de parasitas incluem o uso de medicamentos com ação antiparasitária, com uso frequente de ivermectina (MIV) como endecticida. Porém, os resíduos de MIV são eliminados principalmente pela matéria fecal (FM), permanecendo no ambiente como medicamento ativo. Este trabalho avaliou a transferência de MIV do MF para o solo subjacente, classificado como típico Argiudol, em Tandil (Buenos Aires, Argentina), monitorando sua detecção durante 60 dias. MF retal foi coletado e homogeneizado de bovinos sem desparasitação prévia. A um terço foi adicionado IVM (formulação comercial a 1% diluída em etanol), na concentração máxima detectável em estudos farmacológicos (300ng/g). Outro terço foi adicionado com concentração 10 vezes maior (3000ng/g) e o terço restante foi mantido sem adição de MIV (grupo controle). Dez massas fecais de 600 g de cada grupo foram depositadas em parcela de forragem mista e permaneceram no ambiente por até 60 dias pós-tratamento (dpt). Amostras dos povoamentos e do solo subjacente (2 cm de profundidade) foram coletadas nos dias 1, 7, 14, 30 e 60 dpt e analisadas por cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC). Todas as amostras de solo revelaram a presença de MIV (entre 0,9 e 152 ng/g). O IVM permaneceu estável em MF e foi quantificado até 60 dpt. Além disso, ele se concentrou nas massas fecais ao adicionar o conteúdo de matéria seca. Esta evidência valida a metodologia aplicada e confirma a transferência de moléculas de MIV das massas fecais. Contudo, estes dados alertam para o possível risco de ecotoxicidade, dependendo do tipo de solo e da sua posterior utilização.