Artículo
Throughout 50 years of bilateral relations, the link between Brazil and China was built slowly but steadily, reaching an unusual dynamism in the 21st century. This was the result of State policies, which found in their counterpart fertile ground for their own foreign policy to flourish, as well as an important economic and commercial complementarity. For this reason, the aim of this article is to examine China´s rise on Brazil´s foreign agenda over the course of this century, paying special attention to existing commercial interests, particularly in the energy sector. Chinese penetration since 2000 has maintained continuity and dynamism, regardless the ideological turnovers, since trade and energy business have become its backbone. While the PT governments took the political and economic dimensions of diplomacy towards China along the same track, Bolsonaro´s administration decoupled these dimensions, although he had to relegate his ´anti-communist cultural battle´ in the face of China´s status as the main economic partner and the exuberant portfolio of investments in renewable and non-renewable energies. With a qualitative methodological design, this paper presents two sections: the first begins with the declaration of the bilateral link as a strategic partnership and goes through the Petistas governments; the second focuses on the post-impeachment period and sustains the alliance despite Jair Bolsonaro´s speeches against Chinese ´communism´.The results are clear: the relationship between Brazil and China over the course of this century is unprecedented in the regional scenario and is highly unique. Each country sees in the other a first-rate partner to satisfy a set of interests that, at times, run parallel to political and commercial dimensions and, at others, are decoupled, with one of them prevailing above all: the economic one. For this reason, the short circuits that existed during Bolsonaro´s term did not divert the relationship from its usual path. Ao longo de 50 anos de relações bilaterais, o vínculo entre o Brasil e a China foi-se construindo de forma lenta, mas constante, atingindo um dinamismo invulgar no século XXI. Este foi o resultado de políticas de Estado, que encontraram no seu homólogo terreno fértil para o florescimento da sua própria política externa, bem como uma importante complementaridade económica e comercial. Por esta razão, o objectivo deste artigo é examinar a ascensão da China na agenda externa do Brasil ao longo deste século, prestando especial atenção aos interesses comerciais existentes, particularmente no sector energético. A penetração chinesa desde 2000 manteve a continuidade e o dinamismo, independentemente das reviravoltas ideológicas, uma vez que o comércio e os negócios energéticos se tornaram a sua espinha dorsal. Enquanto os governos do Partido dos Trabalhadores (PT), levaram as dimensões política e económica da diplomacia em relação à China no mesmo caminho, a administração de Bolsonaro dissociou essas dimensões, embora tenha tido de relegar a sua “batalha cultural anticomunista” face ao estatuto da China como principal parceiro económico e o exuberante portefólio de investimentos em energias renováveis e não renováveis. Com um desenho metodológico qualitativo, este artigo apresenta duas secções: a primeira inicia-se com a declaração do vínculo bilateral como parceria estratégica e passa pelos governos do Partido dos Trabalhadores (PT); a segunda centra-se no período pós-impeachment e sustenta a aliança apesar dos discursos de Jair Bolsonaro contra o ‘comunismo’ chinês. Os resultados são claros: a relação entre o Brasil e a China ao longo deste século é inédita no panorama regional e altamente singular. Cada país vê no outro um parceiro de primeira ordem para satisfazer um conjunto de interesses que, por vezes, correm paralelamente às dimensões política e comercial e, outras vezes, são dissociados, prevalecendo sobretudo um deles: o económico. Por isso, os curtos-circuitos que existiram durante o mandato de Bolsonaro não desviaram a relação do seu rumo habitual.
Brazil-china bilateral link during the 21st century: business as usual
Fecha de publicación:
12/2024
Editorial:
Universidade Autónoma de Lisboa
Revista:
Janus.Net
e-ISSN:
1647-7251
Idioma:
Inglés
Tipo de recurso:
Artículo publicado
Clasificación temática:
Resumen
Palabras clave:
IDEOLOGY
,
ENERGY SECTOR
,
BRAZIL
,
CHINA
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Citación
Ceppi, Natalia Paola; Pereyra Doval, María Gisela; Brazil-china bilateral link during the 21st century: business as usual; Universidade Autónoma de Lisboa; Janus.Net; 15; 2; 12-2024; 190-206
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