¿A qué nos obliga el consentimiento? Deseo, seguridad y violencia en las políticas sexuales feministas

Abstract

El artículo indaga sobre cómo se han desarrollado algunos de los debates sobre el consentimiento sexual en los feminismos norteamericanos desde los setenta, para desde allí construir puentes y contrapuntos con algunas teorizaciones feministas francesas y argentinas. Prestando atención al vínculo entre consentimiento y violencia sexual y a los cruces entre las premisas morales, jurídicas y políticas que atraviesan al consentimiento como dispositivo de seguridad y como promesa. Analizando el pasaje del consentimiento tácito al afirmativo como reivindicación feminista, señalamos algunas paradojas respecto de la imaginación erótica y las políticas sexuales. Sin una pretensión de exhaustividad, este ensayo se propone perseguir la reinvención de los términos de un problema bajo diferentes estrategias discursivas, para aportar un conjunto de claves de lecturas históricas y teórico-políticas.

The article explores how some of the debates on sexual consent have developed in North American feminisms since the seventies, in order to build bridges and counterpoints with some French and Argentine feminist theorizations. Analyzing the passage from tacit to affirmative consent as a feminist claim, we point out some paradoxes regarding the erotic imagination and sexual politics. Without claiming to be exhaustive, this essay intends to pursue the reinvention of the terms of a problem under different discursive strategies, to provide a set of keys to historical and political-theoretical readings.

O artigo explora como alguns dos debates sobre consentimento sexual se desenvolveram nos feminismos norte-americanos desde a década de 1970, a fim de construir pontes e contrapontos com algumas teorizações feministas francesas e argentinas. Prestando atenção ao vínculo entre consentimento e violência sexual e aos cruzamentos entre as premissas morais, legais e políticas que cruzam o consentimento como um dispositivo de segurança e como uma promessa. Analisando a passagem do consentimento tácito ao consentimento afirmativo como uma reivindicação feminista, apontamos alguns paradoxos em relação à imaginação erótica e à política sexual. Sem pretender ser exaustivo, este ensaio pretende perseguir a reinvenção dos termos de um problema sob diferentes estratégias discursivas, de modo a fornecer um conjunto de chaves de leitura históricas e político-teóricas.