Políticas Económicas de Estado: el lugar del Derecho en la reestructuración de la deuda subnacional argentina 2001-2010

Abstract

Los ciudadanos demandan instituciones fuertes y estables, algo que no ha sido la regla en la historia económica argentina. Al calor de la crisis de 2001 se activó en el país un complejo proceso de reestructuración de la deuda subnacional que se alejó de esta tendencia. En su marco, casi 100 jurisdicciones renegociaron sus deudas con miles de acreedores. Su arquitectura financiera fue utilizada por cuatro presidentes y complementada con una serie de reformas de fondo con vocación de perdurar en el tiempo. Todos ellos recurrieron a normas jurídicas para delinear sus principales aspectos. Este artículo procura reconstruir esta política de desendeudamiento, prestando especial atención a las cualidades y al rol que asumió en ella el Derecho. A estos efectos, pone en práctica una perspectiva teórica novedosa que se ordena en torno al nexo entre Derecho y efectividad. Se argumenta que la estabilidad de este proceso no emergió de un consenso originario sino que, por el contrario, fue el resultado de una cadena dinámica de equilibrios y rupturas que no anularon más que superficialmente los antagonismos del campo político argentino. En este proceso el Derecho no logró institucionalizarse, restándole desde allí posibilidades de cumplir con sus objetivos más estructurales.

Os cidadãos exigem instituições fortes e estáveis, algo que não foi regra na história econômica argentina. No calor da crise de 2001, um complexo processo de reestruturação da dívida subnacional foi ativado no país que se apartou dessa tendência. No seu marco, quase 100 jurisdições renegociaram as suas dívidas com milhares de credores. Sua arquitetura financeira foi utilizada por quatro presidentes e complementada por uma série de reformas de fundo destinadas a perdurar no tempo. Todos eles recorreram a normas legais para delinear seus principais aspectos. Este artigo procura reconstituir esta política de des-endividamento, prestando especial atenção às qualidades e ao papel que o Direito nela assumiu. A etos efeitos, põe em prática uma nova perspectiva teórica que se ordena em torno do vínculo entre Direito e efetividade. Argumenta-se que a estabilidade desse processo não surgiu de um consenso original, mas, ao contrário, foi o resultado de uma cadeia dinâmica de equilíbrios e rupturas que apenas superficialmente anulou os antagonismos do campo político argentino. Nesse processo, o Direito não conseguiu institucionalizar-se, reduzindo suas possibilidades de cumprir com seus objetivos mais estruturais.