Artículo
En Argentina, durante el periodo parlamentario de 2018, el debate sobre legalización/despenalización del aborto logró un avance que no había tenido en presentaciones anteriores. Resulta de importancia centrarnos en ese periodo signado por una inédita participación de diferentes actores invitados por las comisiones del Congreso, quienes expusieron su posición frente al proyecto de Interrupción Voluntaria del Embarazo (IVE). Este artículo focaliza en las exposiciones en contra del proyecto de participantes que se centraron en un saber técnico jurídico. Se realizó un análisis desde perspectivas sociojurídicas y feministas que entienden el derecho como práctica discursiva, social y específica y tecnología de género en relaciones de poder/saber. Se utilizó una metodología cualitativa, el caso de análisis se realizó sobre las versiones taquigráficas publicadas por las comisiones legislativas, de las que se identificaron 37 exposiciones. Los resultados muestran cómo la dimensión histórica y política de la construcción del conocimiento y el dominio del saber jurídico resulta central para abordar la relación entre derecho, poder y género; la oposición sostiene un discurso en el que las relaciones desiguales de poder se reproducen por medio de un mecanismo que ilumina, pero al mismo tiempo opaca lo que dice el derecho. Esto excede lo propiamente técnico y pasa a conformar el campo de las posiciones políticas frente a un asunto de interés público. In Argentina, during the 2018 parliamentary term, the debate on the legalization/decriminalization of abortion achieved a breakthrough that it did not have in the previous presentations. It is essential to focus on this period marked by the unprecedented participation of different actors invited by the congressional committees to present their position on the Voluntary Interruption of Pregnancy bill. The article focuses on the presentations against the project by participants whose arguments focused on juridical-technical knowledge. An analysis follows a socio-legal feminist perspective that understands the law as a gendered technology in power/knowledge relations as a discursive, social, and specific practice. We used a qualitative methodology to analyze the stenographic versions published by the legislative commissions, where we identified thirty-seven expositions. The results show how the historical and political dimension of the construction of knowledge and the domain of legal knowledge is central to addressing the relationship between law, power, and gender; the opposition sustains a discourse in which unequal power relations reproduce using a mechanism that illuminates but at the same time obscures what the law says. The latter goes beyond the strictly technical and becomes the field of political positions on public interest. Na Argentina, durante o período parlamentar de 2018, o debate sobre a legalização/descriminalização do aborto fez progressos que não haviam ocorrido em momentos anteriores. É importante focar nesse período, marcado pela participação sem precedentes de diferentes atores convidados pelas comissões do Congresso, que apresentaram suas posições sobre o projeto de lei para a Interrupção Voluntária da Gestação (IVG). Este artigo tem como foco as apresentações contra o projeto de lei feitas por participantes que se concentraram em um saber técnico-jurídico. Foi feita uma análise a partir de perspectivas sociojurídicas e feministas que entendem o direito como uma prática discursiva, social e específica e a tecnologia de gênero nas relações de poder/saber. Utilizou-se uma metodologia qualitativa, sendo utilizadas para o caso em análise as versões estenográficas publicadas pelas comissões legislativas, das quais foram identificadas 37 exposições. Os resultados mostram como a dimensão histórica e política da construção do conhecimento e o domínio do saber jurídico são centrais para abordar a relação entre direito, poder e gênero. A oposição sustenta um discurso em que se reproduzem relações de poder desiguais por meio de um mecanismo que ilumina, mas ao mesmo tempo obscurece, o que a lei diz. Isso ultrapassa o estritamente técnico e passa a moldar o campo das posições políticas sobre uma questão de interesse público.
Producción del género: Aborto, usos del derecho y oposición en Argentina (2018)
Título:
Gender production: Abortion uses of law and opposition in Argentina (2018);
Produção do gênero: Aborto, usos do direito e oposição na Argentina (2018)
Produção do gênero: Aborto, usos do direito e oposição na Argentina (2018)
Fecha de publicación:
07/2023
Editorial:
Universidad Católica Silva Henríquez
Revista:
Temas Sociológicos
ISSN:
0719-644X
e-ISSN:
0719-6458
Idioma:
Español
Tipo de recurso:
Artículo publicado
Clasificación temática:
Resumen
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Citación
Sgro Ruata, María Candelaria; Gastiazoro, Maria Eugenia; Producción del género: Aborto, usos del derecho y oposición en Argentina (2018); Universidad Católica Silva Henríquez; Temas Sociológicos; 32; 7-2023; 461-488
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