Nuevos estudios de literacidad: reflexiones sobre desarrollos conceptuales para ampliar perspectivas decoloniales de investigación con comunidades

Abstract

Desde la década de los 80 la perspectiva de los Nuevos Estudios de Literacidad (NEL) planteó la discusión sobre la necesidad de marcar una diferencia entre la literacidad considerada como una habilidad que se adquiría en la escuela independiente del contexto (modelo autónomo) y la literacidad considerada como una práctica social moldeada por factores de poder y agenciamiento (modelo ideológico). Para ese momento los NEL asumieron las categorías de eventos y prácticas para investigar lo que la gente hacía con la lectura y la escritura tanto en la escuela como en otros espacios sociales. Los primeros hallazgos de investigaciones sobre comunidades locales llamaron la atención sobre los alcances que podría tener esta perspectiva teórica, aunque en indagaciones siguientes se mostraron las limitaciones de las categorías fundantes llevando a los investigadores a asumir préstamos conceptuales de las ciencias sociales como local, global, transcontextual, escalas y ensamblajes, entre otros. En este artículo de reflexión, luego de presentar un breve recorrido conceptual, recuperamos los enlaces entre las rutas de investigación que se han posibilitado desde los NEL y las perspectivas decoloniales que se posicionan como alternativas para pensar los cambios sociales que reclama la región latinoamericana ampliando con ello los límites de la investigación en el ámbito educativo hacia una mirada sobre la investigación social con comunidades u organizaciones sociales.

Since the 1980s, the New Literacy Studies (nel) approach has highlighted the need to differentiate literacy defined as a skill acquired in formal education contexts (autonomous model) from literacy as a social practice shaped by factors of power and agency (ideological model). At that time, the nel perspective embraced the categories of events and practices to investigate what people did with reading and writing both at school and in other social spaces. The first research findings, based on inquiries into local communities, drew attention to the scope that this theoretical perspective could have, although subsequent investigations showed the limitations of the founding categories, leading researchers to assume conceptual borrowings from the social sciences such as local, global, contextual, scales and assemblages, among others. In this reflection article, after presenting a brief conceptual journey, we recover the links between those research routes that have arisen from nel and decolonial perspectives and position themselves as alternative ways of thinking about social changes in the Latin American region, thereby expanding the limits of research in the educational field towards a look at social research with communities or social organizations.

Desde a década de 1980, a perspectiva dos Estudos de Letramento trazia à tona a discussão sobre a necessidade de diferenciar letramento considerado como uma habilidade adquirida na escola e independente do contexto (modelo autônomo) de letramento considerado como uma prática social moldada por fatores de poder e agência (modelo ideológico). Nesse momento, os Estudos de Letramento assumiram as categorias de eventos e práticas de letramento para investigar o que as pessoas faziam com a leitura e a escrita tanto na escola quanto em outros espaços sociais. As primeiras descobertas de pesquisas sobre comunidades locais chamaram a atenção para o alcance que essa perspectiva teórica poderia ter, embora investigações posteriores mostrassem as limitações das categorias fundadoras, levando os pesquisadores a adotarem empréstimos conceituais das ciências sociais como local, global, transcontextual, escalas e amálgama, entre outros. Neste artigo de reflexão, depois de apresentar um breve percurso conceitual, recuperamos os vínculos entre as rotas de pesquisa que foram possibilitadas a partir dos Estudos de Letramento e as perspectivas decoloniais que se colocam como alternativas para pensar as mudanças sociais que a região latino-americana demanda, ampliando assim os limites da pesquisa no campo educacional em direção a um olhar para a pesquisa social com comunidades ou organizações sociais.