El problema de la individuación de las representaciones sociales: una perspectiva interdisciplinaria

Abstract

El problema de la individuación involucra a todo investigador que apele a las representaciones sociales para explicar fenómenos psicológicos. Sin embargo, la psicología social no ha podido esclarecer el siguiente problema: ¿cómo participan los individuos en la apropiación de las representaciones producidas en la comunicación y la interacción social? En este trabajo intentaremos comprender dicho proceso mediante al análisis de los argumentos brindados por los principales referentes sobre el tema. Moscovici definió las representaciones sociales como constitutivas de la identidad de los individuos, pero no se ocupó de su proceso de apropiación porque consideraba que esta tarea corresponde a la psicología del desarrollo. Siguiendo esta línea Duveen llevó acabo la articulación entre ambas disciplinas y postuló que los individuos reconstruyen activamente las representaciones sociales al apropiarse de ellas. Asimismo, Valsiner intenta explicar este proceso desde la perspectiva de la psicología cultural del desarrollo, entendiendo a las representaciones sociales como herramientas culturales que desempeñan una función adaptativa respecto del futuro. A partir del análisis de los argumentos de los tres autores concluimos que el estudio de este proceso requiere de un trabajo interdisciplinario, sustentado en un marco epistémico común, de lo contrario si es abordado desde alguna de las disciplinas mencionadas de manera independiente es inevitable caer en reduccionismos.

The problem of social representation's individuation process: an interdisciplinary perspective. The problem of individuation involves to any researcher that turns to social representations to explain psychological phenomenons. However, social psychology couldn't found an answer for the following problem: How do individuals participate in the appropriation of social representation produced into communication and social interaction? In this paper we'll try to understand that process, analyzing the arguments provided by the principal exponents of the subject In the first place, Moscovici has defined social representations as constitutive of the individual's identity, although, he didn't take care about their individuation processes, because he considered that this work corresponds to developmental psychology. Following this line, Duveen has carried out the articulation between both disciplines and he states that the individuals actively reconstruct the social representations. Also, Valsiner try to explain this process from the perspective of developmental cultural psychology, understanding social representations as social tools that has an adaptive function whit regard to the future. Finally, afterwards analyze the arguments put forward by the three authors, we conclude that the study of this process requires a interdisciplinary work, based on a common epistemic frame, on the contrary, if it's tackled by only one of the mentioned disciplines, it will be inevitable to fall in reductionisms.

O problema da individuação envolve todo pesquisador que utilize as representações sociais para explicar fenômenos psicológicos. Contudo, a psicologia social não pode esclarecer o seguinte problema: Como os indivíduos participam na apropriação das representações produzidas na comunicação e na interação social? Neste trabalho tentaremos compreender tal processo mediante a análise dos argumentos oferecidos pelas principais referências no tema. Moscovici definiu as representações sociais como constitutivas da identidade dos indivíduos, mas não se ocupou de seu processo de apropriação porque considerada que esta tarefa corresponde à psicologia do desenvolvimento. Seguindo esta linha, Duveen levou a cabo a articulação entre ambas disciplinas e postulou que os indivíduos reconstroem ativamente as representações sociais ao se apropriarem delas. Desse modo, Valsiner tenta explicar este processo desde a perspectiva da psicologia cultural do desenvolvimento, entendendo as representações sociais como ferramentas culturais que desempenham uma função adaptativa acerca do futuro. A partir da análise dos argumentos dos três autores, concluímos que o estudo deste processo requer um trabalho interdisciplinar, sustentado em um marco epistêmico comum, caso contrario, se abordado a partir das disciplinas mencionadas de forma independente é inevitável cair em reducionismos.