Conflictos territoriales y etnogénesis en el Chaco santiagueño: Aproximaciones al caso de la comunidad tonokoté Yaku Muchuna

Abstract

En este artículo reflexionamos sobre los conflictos territoriales y el proceso de etnogénesis por los que atraviesa una población rural de Santiago del Estero. A partir de un trabajo colaborativo con la comunidad Yaku Muchuna, perteneciente al pueblo Tonokoté, nos proponemos interpretar el proceso de autorreconocimiento indígena, que implicó una reconfiguración de la campesinidad con base en un trabajo de memoria y resignificación de automarcaciones de aboriginalidad. Nuestra principal fuente resulta de un informe socioantropológico trabajado conjuntamente para respaldar el uso histórico del territorio de la comunidad a través del armado de genealogías familiares y una cartografía social, en complemento con entrevistas y trabajo de archivo. Concluimos que la reetnización, más allá de presentarse como una estrategia para defender el territorio, pone a jugar memorias al igual que usos y apropiaciones locales del espacio reivindicadas como argumento de su indianidad.

In this article we reflect on the territorial conflicts and the process of ethnogenesis that a rural population of Santiago del Estero is going through. Based on a collaborative work with the Yaku Muchuna community belonging to the Tonokoté people, we propose to interpret the process of indigenous selfknowledge that involved a reconfiguration of identity based on a work of memory and resignification of (self) marks of aboriginality. Our main source is a socio-anthropological report worked together to support the historical use of the community’s territory through the construction of family genealogies and a social cartography complemented by interviews and archival work. We conclude that re-ethnicisation, beyond being presented as a strategy to defend the territory, brings into play memories as well as local uses and appropriations of the space claimed as an argument of its Indianness.

Neste artigo refletimos sobre os conflitos territoriais e o processo de etnogénese que uma população rural de Santiago del Estero está a atravessar. A partir de um trabalho colaborativo com a comunidade Yaku Muchuna pertencente ao povo Tonokoté, propomos interpretar o processo de autoconhecimento indígena que implicou uma reconfiguração identitária a partir de um trabalho de memória e ressignificação da auto marcação da aboriginalidade. Nossa principal fonte é um relatório sócio-antropológico trabalhado em conjunto para fundamentar o uso histórico do território da comunidade através da construção de genealogias familiares e de uma cartografia social complementada por entrevistas e trabalho de arquivo. Concluímos que a reetnização, além de se apresentar como uma estratégia de defesa do território, coloca em jogo memórias, usos e apropriações locais do espaço reivindicado como argumento de sua indianidade.