Sexualidad, experiencias corporales y género: un estudio etnográfico entre personas viviendo con VIH en el Área Metropolitana de Buenos Aires

Abstract

A partir de los resultados de un estudio etnográfico sobre la experiencia cotidiana de vivir con VIH en el Área Metropolitana de Buenos Aires, Argentina, este artículo discute enfoques de comportamiento que reducen la sexualidad de las personas viviendo con VIH a un problema de seguridad y protección. Combina las categorías de construcción social y hegemonía para abordar la sexualidad como un proceso de construcción a la vez individual y social, que supone intercambios complejos modelados por relaciones de poder y dispositivos de regulación social. Argumento que la experiencia de vivir con VIH pone al descubierto dimensiones de la subjetividad y contextos de vida atravesados por desigualdades sociales y violencias, y conjuntos sociales sujetos a relaciones históricas de subalternidad y continuas formas de estigmatización y discriminación social. En este entramado de desigualdades y estigmatizaciones, la sexualidad se configura más como dominio de peligro, restricción y represión, que de exploración y placer. Finalmente, que la confrontación cotidiana con metáforas sociales tensa relaciones, prácticas e identificaciones de género.

A partir dos resultados de uma pesquisa etnográfica na Área Metropolitana de Buenos Aires sobre a experiência cotidiana de viver com HIV, este artigo discute as perspectivas comportamentais que reduzem a sexualidade das pessoas que vivem com HIV para um assunto de segurança e proteção. Consideram-se as categorias de construção social e hegemonia para analisar a sexualidade como resultado de uma construção, ao mesmo tempo individual e social, que supõe complexos processos de intercâmbio atravessados por relações de poder e dispositivos de regulação social. Argumenta-se que a experiência de viver com HIV descobre dimensões da subjetividade e contextos de vida traspassados por desigualdades sociais e violências e grupos sociais sujeitos á relações históricas de subalternidade e constantes formas de estigmatizacão e discriminação social. Nesse tecido de desigualdades e estigmatizações, a sexualidade configura-se como âmbito do perigo, da restrição e da repressão antes que como um espaço de experimentação e prazer. Finalmente, que no confronto cotidiano com as metáforas sociais, coloca em tensão relações, práticas e identificações de gênero.