Comportamientos de riesgo y factores asociados en motociclistas de una ciudad de Argentina

Abstract

Objetivo: En la región de las Américas, y particularmente en Argentina, los usuarios de motocicleta se encuentran entre los grupos más vulnerables del tránsito. Este estudio se propuso analizar tres comportamientos de riesgo en este grupo: uso de celular, ausencia de uso de casco, y traslado de menores. Se buscó también identificar posibles factores humanos, vehiculares y ambientales asociados a esos comportamientos. Métodos: Se realizaron observaciones naturales de motociclistas que circulaban en vías pertenecientes a una ciudad de Argentina (Mar del Plata). Se trabajó con una muestra de n = 2085 ocupantes de moto (1727 conductores y 358 pasajeros). Resultados: El 72% de los ocupantes usaba casco, aunque el uso correcto fue del 63%. El uso fue menor entre los acompañantes en comparación con los conductores, entre los hombres y jóvenes, y en los usuarios particulares. Menor uso también fue observado en las zonas de mayor vulnerabilidad socio-ambiental, en las motos económicas urbanas y en los vehículos sin placa patente. Una cuarta parte de los pasajeros eran menores de 18 años. Entre los menores de 11 años, solo la mitad usaba casco. El traslado de niños/as fue más frecuente cuando conducía una mujer. El uso de celular en conductores fue del 3%, siendo más frecuente entre los motociclistas comerciales. Conclusión: Este estudio ofrece información relevante para priorizar acciones de prevención orientadas a mejorar la seguridad en el tránsito, tal como ha sido propuesto en el Plan Estratégico de la Organización Panamericana de la Salud 2020-2025.

Objective: To analyze the observed frequency of three risk behaviors in motorcycle users (cell phone use, lack of helmet use and transport of minors) and to identify possible human, vehicular and environmental factors associated with these behaviors. Methodology: A cross-sectional study was carried out based on natural observations of motorcyclists riding on roads in a city in Argentina (Mar del Plata). We worked with a non-probabilistic sample of 1727 drivers and 358 motorcycle passengers, registered in 17 sites of the city (main roads covering all areas of the city). Results: 72% of the occupants wore helmets, although correct use was 63%. Use was lower among passengers -compared to drivers-, among young people and among private users. Only among passengers, use was lower among men. Lower use was observed in areas of greater socio-environmental vulnerability, in urban low-cost motorcycles and in vehicles without license plates. A quarter of the passengers were under 18 years of age. Among those under 11 years of age, only half wore helmets. Children were more frequently transported when a woman was driving and in more vulnerable areas. Cell phone use was 3%, being more frequent among commercial motorcyclists. Conclusion: The results show that risk behaviors in motorcyclists continue to be a challenge for road safety policies. The identification of factors that are relevant to these behaviors allows guiding prevention actions.

Objetivo: Analisar a frequência observada de três comportamentos de risco em usuários de motocicletas (uso de celular, ausência de uso de capacete e transporte de crianças) e identificar possíveis fatores humanos, veiculares e ambientais associados a esses comportamentos. Métodos: Foi conduzido um estudo de coorte com base em observações naturais de motociclistas circulando em vias de uma cidade da Argentina (Mar del Plata). Trabalhou-se com uma amostra não probabilística de 1727 condutores e 358 passageiros de motocicletas, registrados em 17 locais da cidade (principais vias que cobriram todas as áreas da cidade). Resultados: 72% dos ocupantes usavam capacete, embora o uso correto fosse de 63%. O uso foi menor entre os passageiros em comparação com os condutores, entre os jovens e nos usuários particulares. Apenas entre os passageiros, o uso foi mais baixo entre os homens. Menor uso foi observado em áreas de maior vulnerabilidade socioambiental, em motocicletas urbanas econômicas e em veículos sem placa de identificação. Um quarto dos passageiros tinha menos de 18 anos. Entre os menores de 11 anos, apenas a metade usava capacete. O transporte de crianças foi mais frequente quando conduzido por uma mulher e em áreas de maior vulnerabilidade. O uso de celular foi de 3%, sendo mais frequente entre os motociclistas comerciais. Conclusão: Os resultados mostram que os comportamentos de risco em motociclistas continuam sendo um desafio para as políticas de segurança viária. A identificação de fatores relevantes para esses comportamentos permite orientar ações de prevenção.