Dominios imperiales y resistencias locales. La implantación del castellano en las Indias Occidentales

Abstract

El objetivo de este artículo es analizar los procesos globales de implantación del castellano en las Indias occidentales a partir de revisar los mecanismos empleados por la Corona española para instalar y legitimar la unidad lingüista. En particular, se discute sobre la función clásica hegemónica e impositiva asignada al castellano visibilizando las dinámicas de otras lenguas dominantes, reconociendo procesos asociados a la glocalización de las lenguas nativas fuertemente entrelazados con el proyecto de conquista y de resistencia religiosa. Se plantea que, lo global-local o glocal emerge del entrelazamiento de redes de asociaciones y relaciones envueltas en tensiones, negociaciones y conflictos. Como resultado se concluye que el pretendido proyecto de lengua única fue ralentizado durante siglos entre otros factores por los dominios y resistencias socioculturales y lingüísticas del Nuevo Mundo obligando a la Corona a establecer múltiples estrategias y mecanismos para instalar y legitimar el castellano en Indias.

O objetivo deste artigo é analisar os processos globais de implantação do espanhol nas Índias Ocidentais a partir da revisão dos mecanismos utilizados pela Coroa espanhola para instalar e legitimar a unidade linguística. Em particular, discute a função clássica hegemônica e impositiva atribuída ao espanhol, tornando visível a dinâmica de outras línguas dominantes, reconhecendo processos associados à glocalização de línguas nativas fortemente imbricados com o projeto de conquista e resistência religiosa. Argumenta-se que o global-local ou glocal emerge do entrelaçamento de redes de associações e relações envolvidas em tensões, negociações e conflitos. Como resultado, conclui-se que o pretenso projeto de uma língua única foi retardado durante séculos, entre outros fatores, pelos domínios e resistências socioculturais e linguísticas do Novo Mundo, forçando a Coroa a estabelecer múltiplas estratégias e mecanismos para instalar e legitimar o espanhol nas Índias.

The objective of this article is to analyze the global processes of implantation of Spanish in the West Indies from reviewing the mechanisms used by the Spanish Crown to install and legitimize the linguistic unity. In particular, it discusses the classical hegemonic and imposing function assigned to Spanish, making visible the dynamics of other dominant languages, recognizing processes associated with the glocalization of native languages strongly intertwined with the project of conquest and religious resistance. It is argued that the global-local or glocal emerges from the intertwining of networks of associations and relationships involved in tensions, negotiations, and conflicts. As a result, it is concluded that the intended project of a single language was slowed down for centuries, among other factors, by the domains and socio-cultural and linguistic resistance of the new world, forcing the crown to establish multiple strategies and mechanisms to install and legitimize Castilian in the Indies.