Marcelo Bórmida visto a través de sus publicaciones en la revista Runa

Abstract

Fundada en 1948 y al menos hasta la década de 1980,Runa fue una expresión de los directores del Museo Etnográfico. Por ende sus discusiones giraron en torno al difusionismo, la americanística y posteriormente la fenomenología. Si bien estas teorías no fueron lo único que se plasmó en la revista, sí creo presentan un eje central durante las primeras tres décadas de su circulación. En este artículo pretendo desarrollar, a partir de los trabajos de José Imbelloni, Marcelo Bórmida y su entorno, dicho derrotero. Runa desarrolló en esa época una antinomia que podríamos denominar “diversidad autoritaria”: es claro que solo se publicaba lo que el director de la revista quería que se publicara. Pero esta posición arbitraria también hacía que la revista tuviera una línea clara. Si uno quería saber cuál era la visión sobre laamericanísticadesde el difusionismo podía referirse a dicha revista. Igual posteriormente respecto a la fenomenología. Cómo equilibrar una línea editorial que tenga personalidad pero a la vez sea democrática, participativa y acorde a los niveles de exigencia académica y científica actuales probablemente sea uno de los desafíos a futuro de revistas como Runa.

In this paper, I will explore Marcelo Bórmida’s academic itinerary and on his involvement with Runa journal. In addition to having been Runa’s director, he published many of his most important works and developments in this journal. These publications allow us to trace his transformation from diffusionism and craniology up to his final separation from these theories. His shift towards an ethnological project centered on the study of indigenous populations from a basically phenomenological perspective, which he called tautegorical ethnology, is visible in many of the articles he published in Runa. On the other hand, I state that even if viewed from a strictly theoretical point of view, Bórmida could be considered an innovator who tried to incorporate theories from other disciplines into the field of Anthropology and, more specifically, to use them to further his understanding of indigenous societies of South America. Nonetheless, his political and institutional association to fascism in Italy and to the last military dictatorship in Argentina makes assessing his work without bias quite difficult.

No presente trabalho, pretendo desenvolver o itinerário acadêmico de Marcelo Bórmida e sua vinculação com a Revista Runa. Além de ter sido seu Diretor, ele publicou muitas de suas obras e desenvolvimentos mais importantes na revista. Essas publicações nos permitem ver sua transformação do difusionismo e da craniologia ao rompimento com essas posições. Seu giro para um projeto etnológico voltado para o estudo das populações indígenas com base na fenomenologia, e que ele chamará de etnologia tautegórica, se reflete em muitos dos artigos publicados na Runa. Por outro lado, chamo atenção para a questão de que, se do ponto de vista estritamente teórico, Bórmida foi um inovador ao tentar incorporar teorias de outros campos à antropologia, e, mais especificamente, ao entendimento das sociedades indígenas da América do Sul, sua associação, do ponto de vista político-institucional, com o fascismo na Itália e a última ditadura militar na Argentina, dificulta uma avaliação do seu trabalho.