Transiciones hacia una sociedad igualitaria: el cuidado de la vida en el centro de la política

Abstract

Este trabajo propone asumir la noción de cuidado como punto de partida denuestras teorizaciones en torno a una transición ecosociosustentable y feminista. Losseres humanos vivimos insertos en relaciones mutuas de cuidado que sostienen la vida.Esta perspectiva nos confronta al hecho de que ningún ser es completamenteindependiente. Nos obliga a asumir que todas las personas estamos atravesadas por lacondición de vulnerabilidad y que somos, en diversos grados a lo largo de nuestrasvidas y de nuestros contextos particulares, seres (inter)dependientes. Retomando elconcepto de democracia del cuidado de la politóloga Joan Tronto, pensarnos desde unentramado de relaciones y prácticas de cuidado implica situar las dinámicas de poderque distribuyen privilegios y responsabilidades de cuidado de manera desigual. Y nospermite a su vez, pensar estrategias para subvertir esas desigualdades, colocando la vidaen el centro del análisis y de la política.

This work proposes adopting the notion of care as the starting point for our theorizing around the transition to an eco-socially sustainable and feminist system. Human beings live embedded in life-sustaining mutual care relationships. This perspective confronts us with the fact that no being is completely independent. It forces us to acknowledge that all people go through vulnerability and that we are, to varying degrees throughout our lives and particular contexts, (inter)dependent beings. Drawing on political scientist Joan Tronto’s notion of care democracy, thinking of ourselves within a web of care relationships and practices involves situating the power dynamics that distribute care privileges and responsibilities unequally. It also allows us to conceive strategies to upend these inequalities, placing life at the center of analysis and politics.

Este trabalho propõe assumir a noção de cuidado como ponto de partida das nossas teorizações ao redor de uma transição ecossustentável e feminista. Os seres humanos vivemos inseridos em relações mútuas de cuidado que suportam a vida. Essa perspectiva conforta-nos ao ponto de que nenhum ser é completamente independente. Obriga-nos a assumir que todas as pessoas estamos marcadas pela condição de vulnerabilidade e que somos, em diversos graus ao longo de nossas vidas e nossos contextos particulares, seres (inter)dependentes. Retomando o conceito de democracia do cuidado da politóloga Joan Tronto, pensarmos desde uma rede de relações e práticas de cuidado implica localizar as dinâmicas de poder que distribuem privilégios e responsabilidades de cuidado de maneira desigual. E permite-nos, por sua vez, pensar estratégias para subverter essas desigualdades, colocando a vida no centro da análise e da política.