Ley Micaela: evaluación de la capacitación del sistema público sanitario de Ciudad de Buenos Aires

Abstract

Objetivo: Desde la perspectiva del monitoreo y la evaluación de las políticas públicas, este artículo tiene como objetivo presentar la evaluación de la implementación de la Ley 6.208 del Gobierno de la Ciudad Autónoma de Buenos Aires, de adhesión a la Ley Nacional 27.499, “Ley de capacitación obligatoria en género para todas las personas que integran los tres poderes del Estado”, desarrollada por el Ministerio de Salud. Método: Se trata de un estudio descriptivo-evaluativo, en el que participaron 9252 personas. Resultados: En total, 8050 personas del sistema de salud del Gobierno de la Ciudad Autónoma de Buenos Aires han completado la capacitación; la mayoría eran mujeres (74,50 %). Respecto a las disciplinas, el 47,40 % corresponde a profesionales de medicina, seguido de psicología (8,9 %) y enfermería (8,3 %). Cerca del 3 % eran personas con cargos con responsabilidad docente y 94 % dependían de unidades hospitalarias. El desarrollo de la capacitación permitió ampliar el conocimiento de las normativas vigentes (reducción del desconocimiento del 18,5 al 7,4 %) e incidió en el cambio de prioridad de las situaciones abordables desde la perspectiva de género. La capacitación obtuvo una valoración positiva (mayor al 85 %) en las categorías referidas a relevancia, adecuación y utilidad de sus contenidos. Conclusión: El proceso de evaluación de la capacitación se destaca como la primera experiencia de evaluación de esta política en el sector salud de Argentina. Con base en sus resultados, se identificó la necesidad de reeditar la capacitación en el año 2022, manteniendo contenidos, materiales de lectura, videos y foros que habían sido valorados positivamente por más del 90 % de las personas, lo que permitirá ampliar la cobertura.

Objective: From the perspective of monitoring and evaluation of public policies, this article aims to present the evaluation of the implementation of Law 6,208 from the Government of the Autonomous City of Buenos Aires, which adheres to National Law 27,499, “Law on mandatory gender training for all persons belonging to the three State powers”, developed by the Ministry of Health. Methodology: A descriptive-evaluative study, in which 9,252 persons participated, was conducted. Results: A total of 8,050 persons from the health system of the Government of the Autonomous City of Buenos Aires have completed the training program; most of them were women (74.50%). Regarding the disciplines, 47.40% were professionals in medicine, followed by psychology (8.9%) and nursing (8.3%). Nearly 3% were persons holding teaching positions and 94% worked in hospital units. The implementation of the training program expanded the knowledge on current regulations (lack of knowledge reduced from 18.5% to 7.4%), and had an impact on the change of priority of situations that could be addressed from a gender perspective. The training program received a positive assessment (over 85%) in the categories of relevance, adaptation, and usefulness of its contents. Conclusion: The training program assessment process stands out as the first evaluation experience of this policy in the health sector in Argentina. Based on the results obtained, it was identified that a re-edition of the training program for 2022 is necessary, maintaining the contents, reading materials, videos, and forums that had been positively valued by more than 90% of the persons, which will allow the training program to get to more people.

Objetivo: Da perspectiva do monitoramento e a avaliação das políticas públicas, este artigo tem como objetivo apresentar a avaliação da implementação da Lei 6.208 do Governo da Cidade Autônoma de Buenos Aires, de adesão à Lei Nacional 27.499, “Lei de capacitação obrigatória em gênero para todas as pessoas que integram os três poderes do Estado”, desenvolvida pelo Ministério de Saúde. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo-avaliativo, em que participaram 9252 pessoas. Resultados: Em total, 8050 pessoas do sistema de saúde do Governo da Cidade Autônoma de Buenos Aires completaram a capacitação (74,50%). No que tange às disciplinas, 47,40% correspondem a profissionais de medicina, seguido de psicologia (8,9%) e enfermagem (8,3%). Aproximadamente 3% eram pessoas com cargos com responsabilidade docente e 94% dependiam de unidades hospitalares. O desenvolvimento da capacitação permitiu ampliar o conhecimento das normativas vigentes (redução do desconhecimento de 18,5% para 7,4%) e incidiu na mudança de prioridade em situações abordáveis da perspectiva de gênero. A capacitação obteve uma valoração positiva (maior ao 85%) nas categorias relacionadas com relevância, adequação e utilidade de seus conteúdos. Conclusão: O processo de avaliação da capacitação destaca-se como a primeira experiência de avaliação dessa política no setor saúde na Argentina. Com base nos seus resultados, foi identificada a necessidade de reeditar a capacitação em 2022, conservando conteúdos, materiais de leitura, vídeos e fóruns que tinham sido valorizados positivamente por mais de 90% das pessoas, o que permitirá aumentar a cobertura.