Artículo
Los objetivos de este estudio fueron: actualizar la prevalencia de la disfunción vaginal (DV) en mujeres en edad fértil no embarazadas (MEF), embarazadas (EMB) y menopaúsicas (MNP), analizar aspectos microbiológicos, evaluar la influencia de la paridad y la anticoncepción en el microambiente vaginal, analizar cuadros clínicos y comparar prevalencias de las 5 regiones de nuestro país: Noreste, Noroeste, Centro, Cuyo y Sur. Se estudiaron en forma prospectiva y consecutiva 8324 contenidos vaginales de pacientes provenientes de 39 instituciones, que concurrieron a la consulta médica entre mayo de 2019 y junio del año 2020. Las muestras fueron analizadas aplicando la metodología normalizada BACOVA-ERIGE (estudio del balance del contenido vaginal y de la respuesta inflamatoria genital). De las 8324 muestras de contenido vaginal, 5947 (71,5%) correspondieron a MEF, 1627 (19,5%) a EMB y 750 (9,0%) a MNP. El estado vaginal básico (EVB) más frecuente en los tres grupos fue EVB I de microbiota normal y representó un 33,5% de toda la población integral. Se detectaron 66,5% de estados de disfunción vaginal. En el grupo EMB y MNP se registró un aumento significativo de la frecuencia de EVB I normal a diferencia del grupo MEF donde se reconoció un incremento significativo de EVB de vaginosis y vaginitis. En las mujeres asintomáticas, se detectó en los tres grupos un predominio de EVB I. En las mujeres sintomáticas se detectó: en EMB predominio de EVB II y V; en MEF predominio de EVB II, IV y V y en MNP predominio de EVB III y V. El 56,6% en EMB, el 62,8% en MEF y el 50,9% en MNP presentaron DV en ausencia de síntomas. Se detectó una asociación significativamente positiva entre la presencia de levaduras y los EVB II y V y la presencia de Trichomonas y el EVB V. La variable antecedente de multiparidad mostró una asociación positiva estadísticamente significativa con el EVB V y una asociación negativa con el EVB I. En relación a la anticoncepción, se observó en las mujeres que utilizaron anticonceptivos hormonales, que los orales aumentaron la frecuencia de EVB I y II y disminuyeron la frecuencia de EVB III, IV y V de DV; en las mujeres con dispositivo intradérmico se observó una disminución de la frecuencia de EVB I, II y III y un aumento de la frecuencia de EVB IV y V, y en las mujeres con anticonceptivos inyectables no se demostró asociación. El dispositivo intrauterino disminuyó la frecuencia de EVB I y II y aumentó la frecuencia de EVB V, el preservativo aumentó la frecuencia de EVB IV y el método del ritmo disminuyó la frecuencia de EVB II. En el EVB I se detectó una disminución de la frecuencia de signos y síntomas. La prevalencia de DV en algunas regiones superó valores del 80%, cifra superior a la descripta a nivel nacional e internacional que refleja el pobre e insuficiente accionar en salud sexual y reproductiva. El elevado porcentaje de mujeres asintomáticas con DV demuestra la importancia de realizar el estudio del contenido vaginal, aún en ausencia de síntomas. El antecedente de multiparidad y la anticoncepción mostraron vinculación con la función vaginal lo que refleja la importancia de su consideración en una evaluación ginecológica. La relación de los EVB con los signos y síntomas, si bien no constituye una herramienta diagnóstica, contribuye a la comprensión de los mecanismos patogénicos. The aims of this study were to update the prevalence of vaginal dysfunction (VD) in non-pregnant women of childbearing age, pregnant women and menopausal women, to analyse microbiological aspects, to evaluate the influence of parity and contraception in the vaginal microenvironment, to analyse case studies, and to compare the prevalence in the five regions of Argentina: Northeast, Northwest, Centre, Cuyo and South. Eight thousand three hundred twenty-four (8324) vaginal content samples of patients from 39 institutions, examined between May 2019 and June 2020, were prospectively and consecutively studied. The samples were analysed applying the standardized BAVACO-VIR methodology (study of the balance of vaginal content and genital inflammatory response). Of the 8324 samples, 5947 (71.5%) corresponded to women of childbearing age; 1627 (19.5%) to pregnant women and 750 (9.0%) to menopausal women. The most frequent basic vaginal state (BVS) in the three groups was BVS I with normal microbiota, accounting for 33.5% of the entire studied population. Moreover, 66.5% of vaginal dysfunction states were detected. In the pregnant women and menopausal women group there was a significant increase in the frequency of normal BVS I, in contrast with the group of women of childbearing age, where a significant increase of vaginosis and vaginitis was observed. In asymptomatic women, a predominance of BVS I was detected in the three groups. In symptomatic women, there was a predominance of BVS II and V in pregnant women, of BVS II, IV and V in women of childbearing age, and of BVS III and V in menopausal women. Asymptomatic VD was detected in 56.6% of pregnant women, 62.8% of women of childbearing age and 50.9% of menopausal women. A significantly positive association was detected between the presence of yeasts and BVS II and V and the presence of trichomonas and BVS V. The multiparity history variable showed a statistically significant positive association with BVS V and a negative association with BVS I. With regard to contraception, in women who used hormonal contraceptives it was observed that oral contraceptives increased the frequency of BVS I and II and decreased the frequency of BVS III, IV and V of VD; in those who used an intradermal device, there was a decrease in the frequency of BVS I, II and III and an increase in the frequency of BVS IV and V, whereas in women using injectable contraceptives, there was no association. The intrauterine device decreased the frequency of BVS I and II and increased the frequency of BVS V; the condom increased the frequency of BVS IV and the rhythm method decreased the frequency of BVS II. In BVS I, a decrease in the frequency of signs and symptoms was detected. The prevalence of VD in some regions accounted for values over 80%, a higher figure than that described at the national and international levels, which reflects the poor and insufficient action in Sexual and Reproductive Health. The high percentage of asymptomatic women with VD highlights the importance of studying the vaginal content, even in the absence of symptoms. A history of multiparity and contraception showed a link with vaginal function, reflecting the importance of considering this fact in a gynecological evaluation. Although the relationship of BVS with signs and symptoms does not constitute a diagnostic tool, it contributes to the understanding of pathogenic mechanisms. Os objetivos deste estudo foram: atualizar a prevalência de disfunção vaginal (DV) em mulheres não grávidas em idade fértil (MEF), mulheres grávidas (EMB) e mulheres menopausadas (MPN), analisar aspectos microbiológicos, avaliar a influência da paridade e contracepção no microambiente vaginal, analisar quadros clínicos e comparar as prevalências das 5 regiões do nosso país: Nordeste, Noroeste, Centro, Cuyo e Sur. 8324 conteúdos vaginais de pacientes de 39 instituições, que compareceram entre maio de 2019 e junho de 2020, foram estudados prospectiva e consecutivamente. As amostras foram analisadas aplicando-se a metodologia padronizada BACOVA-ERIGE (estudo do equilíbrio do conteúdo vaginal e resposta inflamatória genital). Das 8324 amostras de conteúdo vaginal, 5947 (71,5%) corresponderam às MEF; 1627 (19,5%) às EMB e 750 (9,0%) às MNP. O estado vaginal básico (EVB) mais frequente nos três grupos foi EVB I de microbiota normal e representou 33,5% de toda a população global. Foram detectados 66,5% dos estados de disfunção vaginal. No grupo EMB e MNP, um aumento significativo na frequência de EVB I normal foi registrado, em contraste com o grupo MEF, onde foi reconhecido um aumento significativo de EVB de vaginose e vaginite. Em mulheres assintomáticas, foi detectado predomínio de EVB I nos três grupos. Em mulheres sintomáticas foi detetado: nas EMB, predomínio de EVB II e V; nas MEF, predominância de EVB II, IV e V, e nas MNP, predominância de EVB III e V. 56,6% das EMB, 62,8% das MEF e 50,9% das MNP apresentaram DV na ausência de sintomas. Foi detectada associação significativamente positiva entre a presença de leveduras e EVB II e V e a presença de tricomonas e EVB V. A variável antecedente de multiparidade apresentou associação positiva estatisticamente significativa com EVB V e associação negativa com EVB I. Em relação à contracepção, observou-se em mulheres que usavam anticoncepcionais hormonais, que os anticoncepcionais orais aumentaram a frequência de EVB I e II e diminuíram a frequência de EVB III, IV e V de DV; Em mulheres com dispositivo intradérmico, foi observada uma diminuição na frequência de EVB I, II e III e um aumento na frequência de EVB IV e V, e finalmente em mulheres com anticoncepcionais injetáveis, nenhuma associação foi demonstrada. O dispositivo intrauterino diminuiu a frequência de EVB I e II e aumentou a frequência de EVB V; o preservativo aumentou a frequência de EVB IV e o método do ritmo diminuiu a frequência de EVB II. Na EVB I, foi detectada diminuição da frequência de sinais e sintomas. A prevalência de DV em algumas regiões ultrapassou valores de 80%, valor superior ao descrito a nível nacional e internacional, o que reflete a atuação precária e insuficiente em Saúde Sexual e Reprodutiva. O alto percentual de mulheres assintomáticas com DV demonstra a importância da realização do estudo do conteúdo vaginal, mesmo na ausência de sintomas. A história de multiparidade e contracepção mostrou ligação com a função vaginal, refletindo a importância da sua consideração na avaliação ginecológica. Embora a relação da EVB com os sinais e sintomas não constitua uma ferramenta diagnóstica, ela contribui para o entendimento dos mecanismos patogênicos.
Estudio multicéntrico de disfunción vaginal de la Red Nacional de Laboratorios BACOVA de la República Argentina: Prevalencia, influencia de factores seleccionados, evaluación clínica y distribución de casos por región
Título:
Multicenter study on vaginal dysfunction of the National Network of BACOVA Laboratories in Argentina: Prevalence, influence of selected factors, clinical evaluation and case distribution by region;
Estudo multicêntrico de disfunção vaginal da Rede Nacional de Laboratórios BACOVA da República Argentina: Prevalência, influência de fatores selecionados, avaliação clínica e distribuição dos casos por região
Estudo multicêntrico de disfunção vaginal da Rede Nacional de Laboratórios BACOVA da República Argentina: Prevalência, influência de fatores selecionados, avaliação clínica e distribuição dos casos por região
Estevao Belchior, Silvia Graciela; Fosch, Sonia E.; Yones, Cristian Ariel
; de Torres Puigarnau, Ramon Alberto
; Palaoro, Luis Alberto; Micucci, Horacio; Perazzi, Beatriz Elizabeth
Fecha de publicación:
12/2021
Editorial:
Federación Bioquímica de la Provincia Buenos Aires
Revista:
Acta Bioquímica Clínica Latinoamericana
ISSN:
0325-2957
e-ISSN:
1851-6114
Idioma:
Español
Tipo de recurso:
Artículo publicado
Clasificación temática:
Resumen
Palabras clave:
DISFUNCION VAGINAL
,
BACOVA
,
PREVALENCIA
,
FACTORES DE RIESGO
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Citación
Estevao Belchior, Silvia Graciela; Fosch, Sonia E.; Yones, Cristian Ariel; de Torres Puigarnau, Ramon Alberto; Palaoro, Luis Alberto; et al.; Estudio multicéntrico de disfunción vaginal de la Red Nacional de Laboratorios BACOVA de la República Argentina: Prevalencia, influencia de factores seleccionados, evaluación clínica y distribución de casos por región; Federación Bioquímica de la Provincia Buenos Aires; Acta Bioquímica Clínica Latinoamericana; 55; Suppl. 1; 12-2021; 1-48
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