Archivo de sentimientos o marco afectivo: El cine de la inmediata posguerra de Malvinas

Abstract

A partir de algunas referencias del denominado giro afectivo (affective turn) y de las nociones de “archivo de sentimientos” y “marco afectivo”, proponemos revisar dos films de la inmediata posguerra: Los chicos de la guerra, de Bebe Kamín (1984) en la que, a partir de artilugios convencionales de la ficción, se produce una cartografía esquemática — posiblemente tranquilizadora— sobre los eventos recién terminados, y Malvinas: historia de traiciones, de Jorge Denti (1983), que, a través de las estrategias habituales del documental y cediendo parte de la autoridad textual a los testigos, problematiza la supervivencia, figura que poblará fantasmalmente la posdictadura hasta nuestros días. Indagaremos sobre estos films con el objetivo de explorar qué tipo de archivos de sentimientos constituyen, y si la idea de “marco afectivo” resulta adecuada para complementar o contrastar la de archivo a la hora de atender al modo en que las imágenes operan la interpretación del acontecimiento.

Based on some references to the so-called affective turn and the notions of "sentiment archive" and "affective frame", we propose to review two films from the immediate postwar period: Los chicos de la Guerra, by Bebe Kamín (1984) in which, based on conventional fictional gadgets, produces a schematic cartography —possibly reassuring— about the events that have just ended, and Malvinas: historia de traiciones, by Jorge Denti (1983), which, through the usual strategies of the documentary film and ceding part of the textual authority to the witnesses, it problematizes survival, a figure that will ghostly inhabit the post-dictatorship period to present days. We will inquire about these films with the aim of exploring what kind of archives of feelings they constitute, and if the idea of "affective frame" is adequate to complement or contrast that of the archive when it comes to attending to the way in which the images operate the interpretation of the event.

A partir de algumas referências à chamada virada afetiva (affective turn) e às noções de “arquivo de sentimentos” e “quadro afetivo”, propomos analisar dois filmes do pós-guerra imediato: Los chicos de la guerra, de Bebe Kamín ( 1984) em que, a partir de engenhocas ficcionais convencionais, produz uma cartografia esquemática —possivelmente tranqüilizadora— dos acontecimentos que acabam de terminar, e Malvinas: historia de traiciones, de Jorge Denti (1983), que, através das estratégias usuais do documentário e cedendo parte da autoridade textual às testemunhas, problematiza a sobrevivência, figura que povoará fantasmagóricamente o pós-ditadura até os dias de hoje. Indagaremos sobre esses filmes com o objetivo de explorar que tipo de arquivos de sentimentos eles constituem e se a ideia de “enquadramento afetivo” é adequada para complementar ou contrapor a de arquivo quando se trata de atender ao modo como as imagens operam a interpretação do acontecimento.