Artículo
El objetivo del trabajo es analizar en las narrativas de profesionales psi (psicólogos/as y psiquiatras) los modos en que se abordan cuestiones vinculadas al género y la sexualidad. Se trata de una investigación cualitativa que comenzó en el año 2020, se han realizado treinta entrevistas en profundidad a psicólogos/as y psiquiatras que trabajan en Buenos Aires. El enfoque para realizar el estudio de los datos fue el análisis narrativo. Específicamente, este escrito se focaliza en el análisis de los relatos en torno a intervenciones corporales por motivos de identidad de género realizadas por la población LGTBIQ+. Las características del contexto argentino respecto de las transformaciones en materia de derechos adquiridos por los activismos de la disidencia sexual en la última década le otorgan relevancia al escrito y suponen un aporte original desde los estudios socioantropológicos de la salud. Específicamente, la Ley de Identidad de Género promulgada en el año 2012 regula el cambio de nombre, acceso registral y acceso a intervenciones (quirúrgicas y hormonales) sin necesidad de pasar por consultas psiquiátricas/psicológicas. Este aspecto genera debates al interior de los saberes expertos en los que se problematizan nociones patologizantes y, al mismo tiempo, instala la discusión sobre determinados esquemas corporales más o menos reconocidos/aceptados. Si bien a partir del análisis se visualizan cada vez más espacios que trabajan desde una perspectiva de género, en otros casos perduran concepciones atravesadas por una lógica heteronormada y cisexista en la que se ponen en juego concepciones de corporalidad que reproducen, a partir de la noción de sexo como algo biológico, el binarismo femenino/masculino. De este modo, ciertas prácticas e intervenciones corporales se encuentran en el plano de lo esperado mientras que en otras, como cuando el género autopercibido no se corresponde con el asignado al nacer, surgen relatos asociados a la importancia de “ir despacio” haciendo referencia a su carácter “radical” y a la “imposibilidad de vuelta atrás”. The purpose of this research is to analyze the narratives of psychologists and psychiatrists in terms of how they address matters concerning gender and sexuality. The qualitative research, which began in 2020, involved thirty in-depth interviews with psychologists and psychiatrists working in Buenos Aires. The approach used to conduct the study of the data was narrative analysis. Specifically, the focus is on exploring the narratives related to gender-affirming medical interventions among the LGTBIQ+ community. The unique features of the Argentine context, with its advancements in acquired rights through sexual dissident activism in the last decade, make this study particularly relevant and offer an original contribution from the field of socioanthropological health studies. In particular, the Gender Identity Law enacted in 2012 regulates name change, registry updates, and access to medical interventions (surgical and hormonal) without the need for psychiatric/psychological consultations. This aspect sparks debates within expert knowledge circles, where pathologizing notions are problematized. Simultaneously, it instigates discussions about certain bodily schemas that are more or less recognized/accepted. While the analysis reveals an increasing number of spaces working from a gender perspective, in other cases, conceptions persist that are influenced by a heteronormative and cissexist logic. In these cases, conceptions of corporeality come into play that reproduce, based on the notion of sex as something biological, the female/male binary. Thus, certain practices and bodily interventions fall within the realm of what is expected, while others, such as when the self-perceived gender does not align with the assigned gender at birth, give rise to narratives emphasizing the importance of “going slowly,” referencing their “radical” nature, and the “irreversibility” involved. O objetivo deste artigo é analisar, nas narrativas de profissionais “psi” (psicólogos/as e psiquiatras), as maneiras pelas quais as questões relacionadas a gênero e sexualidade são abordadas. Esta pesquisa qualitativa começou em 2020, e foram realizadas 30 entrevistas em profundidade com psicólogos/as e psiquiatras que trabalham em Buenos Aires. A abordagem para estudar os dados foi a análise narrativas. Especificamente, este artigo se concentra na análise das narrativas sobre intervenções corporais por motivos de identidade de gênero realizadas pela população LGTBIQ+. As características do contexto argentino com relação às transformações em termos de direitos adquiridos pelos ativismos de dissidência sexual na última década dão relevância ao artigo e representam uma contribuição original dos estudos socioantropológicos da saúde. Especificamente, a Lei de Identidade de Gênero promulgada em 2012 regulamenta a mudança de nome, o acesso ao registro e o acesso a intervenções (cirúrgicas e hormonais) sem a necessidade de passar por consultas psiquiátricas/psicológicas. Esse aspecto gera debates dentro do conhecimento especializado em que as noções patologizantes são problematizadas e, ao mesmo tempo, estabelece a discussão sobre certos esquemas corporais mais ou menos reconhecidos/aceitos. Embora a análise mostre um número crescente de espaços que trabalham a partir de uma perspectiva de gênero, em outros casos, ainda há concepções que são permeadas por uma lógica heteronormativa e cissexista, na qual são colocadas em jogo concepções de corporeidade que reproduzem, com base na noção de sexo como algo biológico, o binarismo feminino/masculino. Dessa forma, certas práticas e intervenções corporais estão no nível do esperado, enquanto outras, como quando o gênero autopercebido não corresponde àquele atribuído no nascimento, dão origem a histórias associadas à importância de “ir devagar”, referindo-se ao seu caráter “radical” e à “impossibilidade de voltar atrás”.
“Ir despacio y con cautela porque son cambios radicales”: Narrativas de profesionales psi en torno a las intervenciones corporales por motivos de identidad de género en Buenos Aires, Argentina
Título:
“Go Slowly and Cautiously; the Changes Are Radical.” Narratives of Psychologists and Psychiatrists Regarding Gender-Affirming Medical Interventions in Buenos Aires, Argentina;
“Ir devagar e com cautela porque são mudanças radicais”: Narrativas de profissionais “psi” sobre intervenções corporais por razões de identidade de gênero em Buenos Aires, Argentina
“Ir devagar e com cautela porque são mudanças radicais”: Narrativas de profissionais “psi” sobre intervenções corporais por razões de identidade de gênero em Buenos Aires, Argentina
Fecha de publicación:
10/2023
Editorial:
Universidad de Los Andes. Facultad de Ciencias Sociales
Revista:
Antípoda
ISSN:
1900-5407
e-ISSN:
2011-4273
Idioma:
Español
Tipo de recurso:
Artículo publicado
Clasificación temática:
Resumen
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Citación
del Mónaco, Romina Laura; “Ir despacio y con cautela porque son cambios radicales”: Narrativas de profesionales psi en torno a las intervenciones corporales por motivos de identidad de género en Buenos Aires, Argentina; Universidad de Los Andes. Facultad de Ciencias Sociales; Antípoda; 53; 10-2023; 3-27
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