Artículo
En los últimos años han aparecido publicaciones que intentan generar un marco para laaplicación de conocimientos neurocognitivos para la resolución de problemáticas sociales.Bajo el mote de “ciencias de comportamiento”, este campo de estudios que se presenta comoprofundamente interdisciplinario se propone aportar herramientas para resolver diversasproblemáticas sociales, mediante la dilucidación de los mecanismos subyacentes a laconducta humana y su posterior operacionalización en forma de políticas públicas.Enfocamos nuestra mirada en ciertos aspectos epistemológicos e ideológicos que subyacena estas iniciativas, en particular su conceptualización de la crisis climática como un problemaa resolver mediante los avances de las ciencias cognitivas. Observamos, ejemplificamos yproblematizamos una serie de premisas: la conducta del individuo como expresión terminalde un proceso “interno” en el cual el ambiente y por extensión lo “social” están subordinadosen cuanto a su jerarquía explicativa; la simplificación de las problemáticas a resolver entérminos de sesgos y limitaciones cognitivas, de modo tal que los objetivos de la intervenciónsean los comportamientos y decisiones de actores individuales; la apelación a la biologíacomo sustento explicativo de los constructos psicológicos utilizados a través de narrativasadaptacionistas sobre el desarrollo de funcionalidades cognitivas innatas. Sostenemos que lageneración y aplicación de los conocimientos en este tipo de iniciativas se inscribe en unalínea ideológica marcada, según la cual las causas principales de la crisis climática no sehallan en las dinámicas y contradicciones del sistema socioeconómico vigente, sino en lasde los sistemas cognitivos individuales. Nos últimos anos, surgiram publicações que tentam gerar uma estrutura para a aplicação do conhecimento neurocognitivo na resolução de problemas sociais. Sob o nome de "ciências comportamentais", esse campo de estudos, que se apresenta como profundamente interdisciplinar, tem como objetivo fornecer ferramentas para resolver vários problemas sociais, elucidando os mecanismos subjacentes ao comportamento humano e sua posterior operacionalização na forma de políticas públicas. Concentramos nossa atenção em determinados aspectos epistemológicos e ideológicos subjacentes a essas iniciativas, em especial a conceituação da crise climática como um problema a ser resolvido por meio de avanços nas ciências cognitivas. Observamos, exemplificamos e problematizamos uma série de premissas: o comportamento do indivíduo como a expressão terminal de um processo "interno" no qual o ambiente e, por extensão, o "social" estão subordinados em termos de sua hierarquia explicativa; a simplificação dos problemas a serem resolvidos em termos de vieses e limitações cognitivas, de modo que os alvos da intervenção são os comportamentos e as decisões dos atores individuais; o apelo à biologia como suporte explicativo para as construções psicológicas usadas por meio de narrativas adaptacionistas sobre o desenvolvimento de funcionalidades cognitivas inatas. Argumentamos que a geração e a aplicação do conhecimento em tais iniciativas seguem uma forte linha ideológica, segundo a qual as principais causas da crise climática não se encontram na dinâmica e nas contradições do sistema socioeconômico existente, mas na dinâmica e nas contradições dos sistemas cognitivos individuais. In recent years, several publications have emerged that attempt to generate a framework for the application of neurocognitive knowledge to solve social problems. Under the moniker of "behavioral sciences", this field of studies, which presents itself as profoundly interdisciplinary, aims to provide tools to solve various social problems by elucidating the mechanisms underlying human behavior and their subsequent operationalization in the form of public policies. We focus our attention on certain epistemological and ideological aspects that underlie these initiatives, in particular their conceptualization of the climate crisis as a problem to be solved through advances in the cognitive sciences. We observe, exemplify and problematize a series of premises: the behavior of the individual as the terminal expression of an "internal" process in which the environment and by extension the "social" are subordinated in terms of their explanatory hierarchy; the simplification of the problems to be solved in terms of cognitive biases and limitations, so that the objectives of the intervention are the behaviors and decisions of individual actors; the appeal to biology as explanatory support for the psychological constructs used through adaptationist narratives on the development of innate cognitive functionalities. We maintain that the generation and application of knowledge in this kind of initiatives is inscribed in a sharp ideological line, according to which the main causes of the climate crisis are not to be found in the dynamics and contradictions of the current socioeconomic system, but in those of individual cognitive systems.
Calabozos ideológicos y dragones cognitivos las ciencias del comportamiento y su rol en la conceptualización de la crisis climática
Título:
Masmorras ideológicas e dragões cognitivos as ciências comportamentais e seu papel na conceituação da crise climática;
Ideological dungeons and cognitive dragons behavioral sciences and their role in conceptualizing the climate crisis
Ideological dungeons and cognitive dragons behavioral sciences and their role in conceptualizing the climate crisis
Fecha de publicación:
02/2023
Editorial:
Universidade de Sao Paulo
Revista:
Prometeica
ISSN:
1852-9488
Idioma:
Español
Tipo de recurso:
Artículo publicado
Clasificación temática:
Resumen
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Citación
Bloise, Leonardo; Arias Grandio, Carlos; Folguera, G.; Calabozos ideológicos y dragones cognitivos las ciencias del comportamiento y su rol en la conceptualización de la crisis climática; Universidade de Sao Paulo; Prometeica; 29; 2-2023; 1-16
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