Inquilinización en Argentina: aportes para un análisis en clave socio-demográfica

Abstract

En décadas recientes, la creciente proporción de hogares urbanos argentinos que alquilan su vivienda ha representado un revés en la tendencia previa de expansión de la vivienda en propiedad. Es posible postular, sin embargo, que este proceso de inquilinización no ha involucrado a todos los grupos sociales de la misma manera. A partir de un análisis estadístico, descriptivo y multivariado, se trazan algunas particularidades de este proceso en las ciudades argentinas. El empleo de modelos de regresión logística con variables demográficas y socioeconómicas permite sostener que este proceso ha afectado principalmente a hogares con jefes/as jóvenes, en particular de 30 a 49 años, aunque también se pudo observar mayor propensión a ser inquilino en hogares de nivel socioeconómico más alto. Asimismo, hay evidencias que sugieren que estas tendencias han tendido a acentuarse en el tiempo. Como conclusión, se plantea la hipótesis de una incipiente “generación inquilina” en el país, señalando algunas implicaciones del presente análisis.

In recent decades, a growing percentage of urban households in Argentina have become renters, representing a break with the country’s previous trend of expanding owner occupation. However, it can be argued that this growth of renting as a form of housing tenure has not affected all social groups equally. Based on a descriptive and multivariate statistical analysis, this article explores some specificities of the increase in renter households in Argentina’s cities. Logistic regression models with demographic and socioeconomic variables show that this process has primarily involved households headed by younger people, in particular those aged 30 to 49, although a greater likelihood of renting can also be observed among households with higher socioeconomic status. Furthermore, some evidence suggests that these trends have become more pronounced over time. The article concludes with a hypothesis regarding the formation of a “generation rent” in Argentina, while pointing to some of the implications of this analysis

Nas últimas décadas, a crescente proporção de famílias urbanas argentinas que alugam suas casas representou uma reversão na tendência anterior de expansão da casa própria. É possível postular, no entanto, que esse processo de arrendamento não envolveu todos os grupos sociais da mesma forma. A partir de uma análise estatística descritiva e multivariada, traçam-se algumas particularidades deste processo nas cidades argentinas. A utilização de modelos de regressão logística com variáveis demográficas e socioeconômicas permite afirmar que este processo afetou sobretudo lares com chefes de família jovens, sobretudo entre os 30 e os 49 anos, embora também tenha sido observada uma maior propensão a ser arrendatário nos lares de nível socioeconômico mais alto. Da mesma forma, há evidências que sugerem que essas tendências tendem a se tornar mais pronunciadas ao longo do tempo. Em conclusão, propõe-se a hipótese de uma incipiente “geração de inquilinos” no país, apontando algumas implicações desta análise.