La campaña de los yesos: compras de calcos escultóricos de Eduardo Schiaffino para el Museo Nacional de Bellas Artes de Buenos Aires (1903-1906)

Abstract

El objetivo de este artículo es realizar un análisis cualitativo y cuantitativo de una campaña de compras de calcos escultóricos en yeso llevada a cabo por Eduardo Schiaffino, director del Museo Nacional de Bellas Artes de Buenos Aires, entre 1903 y 1906. Por un lado, se investigan los argumentos que se esgrimieron para justificar la aprobación de un presupuesto de compras. Por otra parte, la conformación de una colección de yesos estuvo fuertemente informada por un circuito mercantil guiado por una dinámica de oferta y demanda, dada la existencia de talleres estatales y privados internacionales que proveían yesos a precios accesibles y con una variada disponibilidad. A través de la sistematización de listas tentativas de compras y facturas se establece como hipótesis que Schiaffino se inscribió en un circuito comercial institucionalizado en paralelo a procurar obtener calcos con marcas de autoría.

The main aim of this article is to conduct a qualitative and quantitative analysis of a purchase campaign of plaster casts carried out by Eduardo Schiaffino, director of the Museo Nacional de Bellas Artes in Buenos Aires, between 1903 and 1906. On the one hand, I examine the arguments used to justify the approval of a budget for the purchase. On the other, the creation of a collection of plaster casts was strongly informed by a commercial circuit guided by a dynamic of supply and demand, given the existence of state and private international workshops that provided plasters at affordable prices and with varied availability. Through the systematization of tentative purchase lists and invoices, I argue for the hypothesis that Schiaffino enrolled in an institutionalized commercial circuit alongside efforts to obtain copies with authorship marks.

O objetivo deste artigo é realizar uma análise qualitativa e quantitativa de uma campanha de compra de moldes de gesso realizada por Eduardo Schiaffino, diretor do Museu Nacional de Belas Artes de Buenos Aires, entre 1903 e 1906. Por um lado, são investigados os argumentos utilizados para justificar a aprovação de um orçamento de compras. Por outro lado, a formação de uma colecção de gessos foi fortemente informada por um circuito comercial pautado por uma dinâmica de oferta e procura, dada a existência de oficinas internacionais estatais e privadas que forneciam gessos a preços acessíveis e com disponibilidade variada. Através da sistematização de listas provisórias de compras e faturas, estabelece-se como hipótese que Schiaffino se inscreveu em um circuito comercial institucionalizado paralelamente à tentativa de obtenção de réplicas com marcas de autoria.