Artículo
En los últimos años ha emergido en Argentina una constelación de lectores, editores y activistas políticos e intelectuales que buscan poner en pie una alternativa política y cultural a la derecha de Propuesta Republicana (PRO). La especificidad de este ecosistema es la emergencia de un dinámico núcleo autodenominado “libertario”, de base juvenil, y una particular recepción del estadounidense Murray Rothbard, cuyos postulados paleolibertarios funcionan como el articulador de una cultura de derecha sin los complejos de antaño. Javier Milei y Agustín Laje son dos figuras de estas derechas que han emergido en el debate público y político y se han constituido como referentes que lograron acceder de forma diferencial a instancias particulares de consagración. A partir del análisis de sus trayectorias autorales y editoriales nos proponemos reconstruir una dimensión de las derechas poco estudiada hasta el momento, teniendo en cuenta la relevancia del libro como artefacto tradicional de intervención intelectual, política y comercial. El análisis de los casos de Milei y Laje y de sus editores muestra cómo las nuevas derechas irrumpen en el espacio público desde las redes y desde libros de circulación masiva publicados por editoriales transnacionales que ponen su atención en este segmento en virtud de su rentabilidad. En este contexto, la “batalla cultural” que sus referentes presentan como emergente, antisistema e irreverente, se nutre y se complementa tanto de estructuras, dirigentes, prácticas y discursividades políticas de largo aliento como de la dinámica comercial y espectacularizada de la industria cultural Nos últimos anos, uma constelação de leitores, editores e ativistas políticos e intelectuais surgiu na Argentina buscando estabelecer uma alternativa política e cultural la Direita do Proposta Republicana (PRO). A especificidade deste ecossistema é o surgimento de um núcleo dinâmico que se intitula “libertário”, com uma base juvenil, e uma recepção particular do americano Murray Rothbard, cujo paleolibertarian postula funcionar como articulador de uma cultura de direita sem os complexos do passado. Javier Milei e Agustín Laje são duas dessas figuras de direita que surgiram no debate público e político e se constituíram como referentes que conseguiram obter acesso diferenciado a instâncias de consagração. Analisando suas trajetórias autorais e editoriais, propomos reconstruir um aspecto da direita que tem sido pouco revisto até agora, levando em conta a relevância do livro como instância tradicional de intervenção intelectual, política e comercial. A análise dos casos de Milei e Laje e suas editoras mostra como os novos direitistas irrompem no espaço público sob a forma de livros de grande circulação e como a dimensão editorial é parte da transnacionalização desses movimentos. Neste contexto, a “batalha cultural” que suas referências apresentam como emergente, anti-sistêmica e irreverente, é alimentada e complementada tanto por estruturas políticas de longa data, líderes, práticas e discursividades, quanto pela dinâmica comercial e espetacularizada da indústria da cultura. In recent years, a constellation of readers, editors and political and intellectual activists has emerged in Argentina seeking to set up a political and cultural alternative to PRO, the right-wing party of former president Mauricio Macri. The specificity of this ecosystem is the emergence of a dynamic nucleus calling itself “libertarian”, with a youth base, and a particular reception of the American Murray Rothbard, whose paleolibertarian postulates function as the articulator of a right-wing culture without the complexes of yesteryear. Javier Milei and Agustín Laje are two figures of these rightists who have emerged in the public and political debate and have constituted themselves as referents who have achieved differential access to particular instances of consecration. From the analysis of their authorial and editorial trajectories, we propose to reconstruct an aspect of the right wing that has not been reviewed so far, taking into account the relevance of the book as a traditional instance of intellectual, political and commercial intervention. The analysis of the cases of Milei and Laje and their publishers shows how the new rightists burst into the public space in the form of mass-circulation books and how the editorial dimension is part of the transnationalization of these movements. In this context, the “cultural battle” that their referents present as emergent, anti-systemic and irreverent, is nourished and complemented by structures, leaders, practices and long-standing political discourses, as well as by the commercial and spectacularized dynamics of the cultural industry.
Edición y reacción: Cómo la batalla cultural antiprogresista argentina se despliega (también) en los libros
Título:
Edição e reação: Como a batalha cultural anti-progressiva argentina se desenrola
(também) nos livros;
Edition and reaction: How the Argentine anti-progressive cultural battle takes place (also) in books
Edition and reaction: How the Argentine anti-progressive cultural battle takes place (also) in books
Fecha de publicación:
11/2023
Editorial:
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Revista:
Estudos Ibero Americanos
ISSN:
0101-4064
e-ISSN:
1980-864X
Idioma:
Español
Tipo de recurso:
Artículo publicado
Clasificación temática:
Resumen
Palabras clave:
CAMPO EDITORIAL
,
POLÍTICA
,
DERECHAS EXTREMAS
,
INTELECTUALES
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Citación
Saferstein, Ezequiel Andres; Stefanoni, Pablo; Edición y reacción: Cómo la batalla cultural antiprogresista argentina se despliega (también) en los libros; Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul; Estudos Ibero Americanos; 49; 1; 11-2023; 1-18
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