Estrategias intersticiales de resistencia al neoliberalismo como forma de organización colectiva y ampliación de derechos

Abstract

Desde el año 2008 observamos en Argentina un aumento lento pero sostenido en la conformación de cooperativas de trabajo, que adquiere un significado más simbólico que cuantitativo. Planteamos que éstas configuran experiencias de transformación social en los intersticios del sistema. Expresan una forma de resistencia al neoliberalismo al cuestionar la precarización del trabajo y reducir los soportes relacionales que brinda el empleo. El abordaje es cualitativo, se realizaron entrevistas en profundidad a cada uno de los tipos de cooperativas analizadas. Estas cooperativas se fundan en prácticas colectivas promovidas tanto desde sectores medios profesionales hasta trabajadores vulnerables que proponen una serie de respuestas y alternativas a la racionalidad impuesta por el modelo neoliberal. Se plantean lógicas asamblearias, distribuciones más equitativas de los excedentes, promueven relaciones horizontales e inclusivas, el desarrollo de la comunidad a la que pertenecen y la ampliación de derechos laborales - protectorios y de inclusión social.

Desde 2008 observamos um crescimento lento, mas sustentado, da formação de cooperativas de trabalho na Argentina, que adquire um significado mais simbólico do que quantitativo. Propomos que estes configurem experiências de transformação social nos interstícios do sistema. Eles expressam uma forma de resistência ao neoliberalismo ao questionar a individualização do trabalho e reconstruir os suportes relacionais que o emprego oferece. A abordagem é qualitativa, foram realizadas entrevistas em profundidade com cada um dos tipos de cooperativas analisadas. Essas cooperativas são fundadas em práticas coletivas, promovidas tanto de setores médios profissionais a trabalhadores vulneráveis que propõem uma série de respostas e alternativas à racionalidade imposta pelo modelo neoliberal. Propõem-se lógicas de assembleia, distribuições mais equitativas dos excedentes, promovem relações horizontais e inclusivas, o desenvolvimento da comunidade a que pertencem e a ampliação dos direitos trabalhistas - proteção e inclusão social.

Since 2008 we have observed a slow but sustained increase in the formation of work cooperatives in Argentina, which acquires a more symbolic than quantitative meaning. We propose that these configure experiences of social transformation in the interstices of the system. They express a form of resistance to neoliberalism by questioning the individualization of work and rebuilding the relational supports that employment provides. The approach is qualitative, in-depth interviews were conducted with each of the types of cooperatives analyzed. These cooperatives are founded on collective practices, promoted both from professional middle sectors to vulnerable workers who propose a series of responses and alternatives to the rationality imposed by the neoliberal model. Assembly logics are proposed, more equitable distributions of surpluses, promote horizontal and inclusive relationships, the development of the community to which they belong and the expansion of labor rights - protection and social inclusion.