Artículo
El escenario judicial se constituyó tempranamente en un ámbito privilegiado para la disputa por el sentido del pasado en el caso del genocidio argentino (1975-1983). Removidos los obstáculos que impedían el juzgamiento, en 2005 se reabrieron los juicios. A partir de la incorporación de sobrevivientes, familiares y organismos de derechos humanos como querellantes, se instalaron distintos debates que hicieron que el proceso trascendiera los límites de los tribunales. El principal de ellos: la disputa por la calificación de genocidio. Luego de trece años de juicios, se presenta un análisis del proceso de juzgamiento a la luz de este debate. Los argumentos jurídicos en uno y otro sentido trascienden ampliamente los límites de los tribunales y se articulan con las disputas por el sentido que se le asigna al pasado, permeando los modos como los tribunales asumen la responsabilidad de juzgar los hechos y atribuir responsabilidades. El análisis del conjunto de las sentencias emitidas entre agosto 2006 y junio 2019 muestra el avance del debate en términos argumentales así como las incidencias de las conceptualizaciones a la hora de condenar o absolver a los imputados, o asignar las penas de los condenados. A arena judicial se estabeleceu desde cedo como um ambiente privilegiado para a disputa sobre o sentido do passado no caso do genocídio argentino (1975-1983). Após serem retirados os obstáculos que impediam o julgamento, em 2005 os processos foram reabertos. A partir da incorporação de sobreviventes, familiares e organizações de direitos humanos como querellantes, instalaram-se diversos debates que fizeram os processos transcenderem os limites dos tribunais. O principal destes debates foi a disputa pela classificação de genocídio. Apresenta-se uma análise dos julgamentos a luz deste debate, após treze anos de abertura dos processos. A argumentação jurídica em ambas as direções extrapola os limites dos tribunais e se articula com as disputas sobre o sentido atribuído ao passado, perpassando as formas como os tribunais assumem a responsabilidade de julgar os fatos e atribuir responsabilidades. A análise do conjunto de sentenças proferidas entre agosto de 2006 e junho de 2019 mostra o andamento do debate em termos argumentativos, bem como as incidências das conceituações no momento de condenar ou absolver os acusados, ou atribuir pena aos condenados. In the aftermath of the Argentinean genocide (1975-1983), the judicial arena quickly became a privileged area for the disputes over the meaning of the past. Once the obstacles that prevented full judgment were removed, trials were reopened in Argentina in 2005. With the acceptance of survivors, family members and human rights organizations as plaintiffs, different debates were installed that allowed the process to go beyond the limits of the court-rooms. The main one of them was the dispute over the qualification of genocide (as a differentiation from the “crimes against humanity” label). After thirteen years of continued trials, a critical analysis of the whole process is presented through the lenses of this debate. Opposite legal arguments far transcend the boundaries of the courts and they are articulated with disputes over the meaning assigned to the past, thus permeating the ways in which the courts assume responsibility for judging the facts and attributing responsibilities. The analysis of the judgments issued between August 2006 and June 2019 shows the progress of the debate in argumentative terms as well as the incidence of these conceptualizations when condemning or acquitting the accused, or deciding on the penalties and sanctions of the convicted ones.
Genocídio ou Crimes contra a humanidade: O debate jurídico argentino como disputa pelo sentido atribuído ao passado
Título:
Genocidio o crímenes de lesa humanidad: El debate jurídico argentino como disputa por el sentido asignado al pasado;
Genocide or crimes against humanity: The Argentine legal debate as a dispute over the meaning assigned to the past
Genocide or crimes against humanity: The Argentine legal debate as a dispute over the meaning assigned to the past
Fecha de publicación:
03/2023
Editorial:
Universidade de Brasília
Revista:
InSURgência
ISSN:
2447-6684
Idioma:
Portugues
Tipo de recurso:
Artículo publicado
Clasificación temática:
Resumen
Palabras clave:
GENOCÍDIO
,
MEMÓRIA
,
DITADURA ARGENTINA
,
JULGAMENTOS DE CRIMES DE ESTADO
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Citación
Feierstein, Daniel Eduardo; Silveyra, Malena; Genocídio ou Crimes contra a humanidade: O debate jurídico argentino como disputa pelo sentido atribuído ao passado; Universidade de Brasília; InSURgência; 9; 1; 3-2023; 211-244
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Feierstein, Daniel Eduardo ; Silveyra, Malena (Universidad de Antioquia, 2020-06)