Jóvenes trabajadores de empresas digitales de reparto: Sentidos del trabajo, percepción de derechos y formas de participación

Abstract

Este artículo analiza el trabajo de jóvenes repartidores a domicilio de plataformas digitales. Se abordan los sentidos que asume esta actividad en el marco de sus proyectos de vida, así como las valoraciones sobre los derechos laborales y las formas de participación en el marco de la misma. La metodología de tipo cualitativa consistió en: entrevistas en profundidad a repartidores del Área Metropolitana de Buenos Aires, observaciones presenciales en paradas de repartidores y en el análisis de posteos en plataformas de redes sociales. Entre los resultados, se observa que los jóvenes entrevistados consideran esta actividad como temporal y tienen con ella una relación ambivalente: se valora la libertad y autonomía que propone, a la vez que se reconoce la opacidad y control de la gestión algorítmica. Una parte de jóvenes, socializados en la flexibilidad y precarización creciente y normalizada del trabajo, asume una posición crítica al trabajo asalariado, a sus instituciones y sindicatos. Sin embargo, el reclamo por derechos laborales aparece como una aspiración que contradice el tipo de actividad propuesta por las plataformas de reparto.

This article analyzes the work of young home delivery drivers on digital platforms. The senses that this activity assumes within the framework of their life projects are addressed, as well as th assessments of labor rights and the forms of participation within the framework of it. The qualitative methodology - consisted of: in-depth interviews with delivery drivers from the Buenos Aires Metropolitan Area, face-to-face observations at delivery drivers stops, and analysis of posts on social media platforms. Among the results, it is observed that the young people interviewed consider this activity as temporary and have an ambivalent relationship with it: the freedom and autonomy that it proposes are valued, while the opacity and control of algorithmic management is recognized. A part of young people, socialized in the flexibility and increasing and normalized precariousness of work, assumes a critical position towards salaried work, its institutions and unions. However, the claim for labor rights appears as an aspiration that contradicts the type of activity proposed by the delivery platforms.

Este artigo analisa o trabalho de jovens motoristas de entrega em domicílio em plataformas digitais. São abordados os sentidos que esta atividade assume no âmbito dos seus projetos de vida, bem como as apreciações dos direitos laborais e as formas de participação no âmbito dos mesmos. A metodologia qualitativa consistiu em: entrevistas em profundidade com motoristas de entrega da Área Metropolitana de Buenos Aires, observações face a face em paradas de motoristas de entrega e análise de postagens em plataformas de mídia social. Entre os resultados, observa-se que os jovens entrevistados consideram esta atividade como temporária e têm uma relação ambivalente com ela: valoriza-se a liberdade e a autonomia que ela propõe, enquanto se reconhece a opacidade e o controle da gestão algorítmica. Uma parte dos jovens, socializada na flexibilidade e precarização crescente e normalizada do trabalho, assume uma posição crítica face ao trabalho assalariado, às suas instituições e sindicatos. No entanto, a reivindicação de direitos trabalhistas aparece como uma aspiração que contraria o tipo de atividade proposta pelas plataformas de entrega.