Docente avatar de la in/exclusión: El gobierno de sí, autogestión y discursos de odio

Abstract

Las prácticas de inclusión, hace decenios, se producen en la tensión de la in/exclusión. El presente artículo presenta, a partir de resultados de investigación cualitativa en escuelas de educación especial de la Región Metropolitana de Buenos Aires, una analítica de los procesos de inclusión de estudiantes con discapacidad. El objetivo de este estudio, mediante entrevistas en profundidad, se centra en la comprensión de las formas que adquiere la in/exclusión. Como hipótesis proponemos la figura del Avatar como el modo en que los docentes son llamados a ocuparse de los siempre otros devenidos sujeto y objeto de inclusión. Una analogía digital (no humana) en la que un sujeto (humano) debe garantizar el derecho a la educación mientras se vuelve parte clave de la fragilización de las democracias. Concluimos que, mientras la inclusión descansa sobre la capacidad de autogestión de los sujetos e instituciones que resulta en in/exclusión es, justamente, en su imposibilidad que se asientan los discursos del odio y los reclamos de seguridad propio de los conservadurismos del presente siglo.

The inclusion practices, for decades, have been produced in the tension of in/exclusion. This article presents, based on the results of qualitative research in special education schools in the Metropolitan Region of Buenos Aires, an analysis of the processes of inclusion of students with disabilities. The objective of this study, through in-depth interviews and participant observations at school, is to understand the forms that in/exclusion acquires in the present. We hold as a hypothesis that teaching practices to support inclusion in contexts of urban poverty are produced in the figure of an "Avatar". We propose this figure as the way in which teachers are called to deal with the always others who have become subject and object of inclusion. A (non-human) digital analogy in which a (human) subject must guarantee the right to education while becoming a key part of the weakening of democracies. As result, multiple in/excluded are made up of the weakening of democracies that calls for revisiting the question regarding other bodies, which ones are assumed to be more deadly than others. We conclude that, while inclusion rests on the self-management capacity of the subjects and institutions that results in in/exclusion, it is precisely in its impossibility that the hate speeches and security claims typical of the conservatism of this century are based.

As práticas de inclusão, há décadas, são produzidas na tensão da in/exclusão. Este artigo apresenta, com base nos resultados de uma pesquisa qualitativa em escolas de educação especial da Região Metropolitana de Buenos Aires, uma análise dos processos de inclusão de alunos com deficiência. O objetivo deste estudo, por meio de entrevistas em profundidade e observações participantes na escola, é compreender as formas que a in/exclusão adquire no presente. Temos como hipótese que as práticas pedagógicas de apoio à inclusão em contextos de pobreza urbana são produzidas na figura de um "Avatar". Propomos essa figura como a forma pela qual os professores são chamados a lidar com os sempre outros que se tornaram sujeitos e objetos de inclusão. Uma analogia digital (não humana) em que um sujeito (humano) deve garantir o direito à educação ao mesmo tempo em que se torna parte fundamental do enfraquecimento das democracias. Como resultante, assim, os múltiplos in/excluídos são constituídos pelo enfraquecimento das democracias que convoca a revisitar a questão dos outros corpos, quais se assumem mais mortíferos do que outros. Concluímos que, enquanto a inclusão repousa na capacidade de autogestão dos sujeitos e instituições que resulta em in/exclusão, é justamente na sua impossibilidade que se baseiam os discursos de ódio e as reivindicações de segurança típicas do conservadorismo deste século.