Arqueología como política: de la res cogitans a la decolonialidad de la práctica

Abstract

El objetivo de este artículo es discutir la dimensión política de la arqueología. Para ello efectuamos un análisis conceptual de esa relación y planteamos una crítica al tratamiento predominante que tiende a separar lo político de la práctica arqueológica. Realizamos una mirada histórica del tema en Sudamérica en general y en Argentina en particular, observando la interrelación entre desarrollos teóricos y contextos políticos. Asimismo, centramos la atención en algunas implicancias de las prácticas arqueológicas que generan afectaciones en el mundo indígena. En ese sentido, analizamos cómo la excavación de cuerpos humanos, su nominación y clasificación disciplinar generan ciertas alteraciones en los mundos de vida de los pueblos originarios tanto del pasado como del presente. Por último, considerando algunas propuestas del pensamiento decolonial, proyectamos algunas ideas que permitan superar esas afectaciones y pensar otras formas de entendimientos para promover construcciones del saber.

O objetivo deste artigo é discutir a dimensão política da arqueologia. Para isso, realizamos uma análise conceitual dessa relação e propomos uma crítica ao tratamento predominante que tende a separar a prática política da arqueológica. Fazemos um olhar histórico sobre o tema na América do Sul em geral e na Argentina em particular, observando a inter-relação entre desenvolvimentos teóricos e contextos políticos. Da mesma forma, nos concentramos em algumas implicações das práticas arqueológicas que afetam o mundo indígena. Nesse sentido, analisamos como a escavação de corpos humanos, sua nomeação e classificação disciplinar geram certas alterações nos mundos de vida dos povos originários tanto do passado quanto do presente. Por fim, considerando algumas propostas do pensamento decolonial, projetamos algumas ideias que nos permitem superar essas afetações e pensar outras formas de compreensão para promover construções de conhecimento.

The objective of this article is to discuss the political dimension of archaeology. For this, we carry out a conceptual analysis of that relationship and we propose a criticism of the predominant treatment that tends to separate the political from the archaeological practice. We make a historical look at the subject in South America in general and in Argentina in particular, observing the interrelation between theoretical developments and political contexts. Likewise, we focus on some implications of archaeological practices that affect the indigenous world. In this sense, we analyze how the excavation of human bodies, their nomination and disciplinary classification generate certain alterations in the worlds of life of the original peoples of both the past and the present. Finally, considering some proposals of decolonial thought, we project some ideas that allow us to overcome these affectations and think of other forms of understanding to promote constructions of knowledge.