Artículo
Dentre os nematologistas agrícolas, é comum a avaliação de que agricultores, técnicos e demais cientistas agrícolas não têm a correta medida da importância dos nematoides no agroecossistema e se papel como patógenos de plantas. Para minimizar esta distorção, os nematologistas e suas sociedades devem, entre outras iniciativas, melhorar o ensino de Nematologia para estudantes de Agronomia. Um estudo em andamento avalia o ensino de Nematologia para esses estudantes em toda a América Latina, já tendo sido completado no Brasil, Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai. No Brasil há 151 escolas de Agronomia, sendo 56,3 % públicas e 43,7 % particulares. Dessas, Nematologia é ensinada em 139. Um questionário foi enviado a estas escolas, das quais 92 professores envolvidos com o ensino de Nematologia informaram a sua formação acadêmica,responsabilidades profissionais, como a Nematologia é ensinada e sua carga horária, a sua avaliação da qualidade do ensino e as dificuldades para melhorá-lo. Noventa e quatro por cento dos professores são agrônomos. Nas escolas particulares (E. Par), 47 % dos professores têm mestrado e 53 % têm doutorado. Nas escolas públicas (E. Pub), esta proporção é de 7 e 93 %, respectivamente. Apesar de qualificados, a maioria dos professores não conduziu as suas dissertações ou teses de mais alto nível em Nematologia: 88,2 % nas E. Par e 52,6 % nasE. Pub. A maioria dos professores faz pesquisa, mas somente 5,6 % nas E. Par e 33,5 % nas E. Pub focam-nas em nematoides. Em 85 % das escolas, Nematologia é ensinada como um tópico da Fitopatologia, com uma carga horária média de 12,8 horas-aula (h-a) nas E. Par e 16,1 h-a nas E. Pub. Em comparação com outros tópicos da Fitopatologia, Nematologia recebe apenas 0-5 % da carga horária em 36,1 % das escolas, e cerca de 10, 15 e 20 % em 21,7, 15,7 e 13,3 % das escolas, respectivamente. Não obstante esta baixa carga horária, 48,9 % dos professores considerou apropriado o ensino de Nematologia para os estudantes de Agronomia. Dentreos professores que consideraram o ensino inapropriado, 39 % consideram a baixa carga horária um obstáculo para a sua melhoria. Dificuldades no preparo de aulas práticas e na atualização do conteúdo das aulas e a pobre infra-estrutura das escolas também foram citadas. Mais relevante, os professores avaliaram que vários temas cruciais da Nematologia são mal ensinados, como epidemiologia, manejo, taxonomia, ecologia, distribuição no solo e amostragem. Este estudo sugere que o ensino de Nematologia precisa ser melhorado para os estudantes de pós-graduação em Fitopatologia, uma vez que muitos destes tornam-se professores de Nematologia, os quais amplificam o seu treinamento falho em Nematologia durante as aulas lecionadas para os estudantes de Agronomia. Plant nematologists worldwide share the view that growers, technical personnel and other agricultural scientists do not apprehend fully the role of nematodes in the agroecosystems and as plant pathogens. To minimize this perceived distortion nematologists and their societies should, among other initiatives, improve undergrad Nematology teaching. An on-going study evaluates Nematology teaching to undergrad Agronomy students in all Latin America countries, and it has been completed in Brazil, Argentina, Chile, Paraguai and Uruguai. In Brazil there are 151 Agronomy schools, 56.3 % public (federal- or state-funded) and 43.7 % private. Of those, Nematology is taught in 139. A questionnaire was sent to these schools, from which 92 professors involved with Nematology teaching informed their education background, appointment duties, how Nematology is taught and its course load, the appropriateness of the training they offer, and the difficulties faced to improve it. Over 94 % of the professors are agronomists. In private schools (Pri Sc), 47 % of the professors have a MS degree, and 53 % have a DS. In public schools (Pub Sc), this proportion is 7 and 93 %, respectively. Although highly educated, most professors have not conducted their dissertation or thesis in Nematology – 88.2% in Pri Sc and 52.6% in Pub Sc. Most professors conduct research, although in Pri Sc only 5.6% focus on nematodes only, as opposed to 33.5% in Pub Sc. In 85% of the schools Nematology is taught as a topic within Plant Pathology courses, with an average course load of 12.8 and 16.1 class-hours (c-h) in Pri Sc and in Pub Sc, respectively. In comparison with other Plant Pathology topics, Nematology represents only 0-5% of the c-h in 36.1% of the schools, and about 10, 15 and 20 % in 21.7, 15.7 and 13.3 % of the schools. Despite this small course load, 48.9 % of the professors consider that their students are properly trained in Nematology. Among the professors that consider that this training is not appropriate, 39 % consider the small course load dedicated to Nematology an obstacle to improve it. Difficulty to prepare lab classes and to update the course contents, and poor infrastructure of the schools were also cited. Most importantly, several fundamental Nematology topics are admittedly taught poorly, such as nematode epidemiology, management, taxonomy, ecology and soil distribution and sampling. This study suggests that Nematology training of Plant Pathology graduate students must be improved, since many of these students later become Nematology professors who amplify their poor training in fundamental Nematology topics while teaching Agronomy students.
O Status do Ensino de Nematologia nos Cursos de Agronomia e Engenharia Agronômica no Brasil
Título:
The status of Nematology teaching to undergrad Agronomy students in Brazil
Fecha de publicación:
06/2012
Editorial:
Sociedade Brasileira de Nematologia
Revista:
Nematologia Brasileira
ISSN:
0102-2997
Idioma:
Portugues
Tipo de recurso:
Artículo publicado
Clasificación temática:
Resumen
Palabras clave:
NEMATOIDES
,
EDUCACAO
,
TREINAMENTO
,
ENGENHEIROS AGRONOMOS
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Citación
Souza, Ricardo M.; del Valle, Eleodoro Eduardo; Silva, Rita; O Status do Ensino de Nematologia nos Cursos de Agronomia e Engenharia Agronômica no Brasil; Sociedade Brasileira de Nematologia; Nematologia Brasileira; 36; 6-2012; 71-79
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