Nosotros, los otros y el poder: Antropología y sectores dominantes en la revista Runa

Abstract

Este artículo propone una exploración de las producciones de la revista Runa, desde el año 1948 al 2018, orientada a identificar aquellos trabajos en los cuales se producen conocimientos y se efectúan análisis que involucren a sectores dominantes, entendidos en sentido amplio. La preocupación que motiva este abordaje comprende un diagnóstico previo de ausencia o notable inferioridad numérica de las producciones antropológicas que tratan como objeto de estudio a estos grupos. Tal disparidad en el abordaje de los diversos actores sociales tiene sin dudas consecuencias en las posibilidades transformadoras que el conocimiento antropológico genera, las cuales urge discutir. A partir de la identificación de algunas líneas temáticas en las cuales se aborda o vislumbra un análisis antropológico de sectores dominantes, pretendemos ofrecer algunos lineamientos para encarar esa discusión hacia dentro de la disciplina.

This article proposes an exploration of the Runa journal publications from 1948 to 2018, aimed at identifying the articles in which knowledge is produced and analyses are carried out involving dominant sectors, understood in a broad sense. The concern that motivates this approach includes a previous diagnosis which shows an absence or notable numerical inferiority of anthropological productions that treat these groups as an object of study. Such a disparity in the approach of the various social actors undoubtedly has consequences on the transformative possibilities that anthropological knowledge generates, which urgently need to be discussed. Through the identification of some thematic lines in which an anthropological analysis of dominant sectors is carried out, we intend to offer some guidelines to address that discussion within the discipline.

Este artigo propõe uma exploração das produções da revista Runa, de 1948 a 2018, com o objetivo de identificar os trabalhos em que o conhecimento é produzido e em que são realizadas análises envolvendo setores dominantes, entendidos em sentido amplo. A preocupação que motiva essa abordagem inclui um diagnóstico prévio da ausência ou notável inferioridade numérica das produções antropológicas que tratam esses grupos como objeto de estudo. Tal disparidade na abordagem dos diversos atores sociais tem, sem dúvida, consequências sobre as possibilidades transformadoras que o conhecimento antropológico gera, as quais precisam, urgentemente, ser discutidas. A partir da identificação de algumas linhas temáticas em que uma análise antropológica de setores dominantes é abordada ou vislumbrada, pretendemos oferecer algumas diretrizes para enfrentar essa discussão dentro da disciplina.