Artículo
A partir de 2018, a fórmula “Indetectável = Intransmissível” (I=I, indicando uma pessoa com carga viral indetectável tinha zero chances de transmitir sexualmente o vírus HIV) foi levantada pelo UNAIDS e outras organizações internacionais como o “caminho para acabar com a epidemia”. Acompanhados pelo desenvolvimento de tratamentos antirretrovirais altamente efcazes, que implicam a redução de comprimidos e das doses diárias, os discursos “Pós-AIDS” de crescente otimismo têm levantado a “indetectabilidade-intransmissibilidade” como uma resposta abrangente, simples e efcaz tanto para o controle individual do vírus bem como para o seu governo ao nível comunitário. Este artigo pretende observar a “indetectabilidade viral” a partir das diferentes formas como ela se confgura e se produz nos diferentes espaços, relações e tempos vitais em que se põe em jogo. A partir de um estudo etnográfco realizado em um Programa Municipal de HIV da Província de Buenos Aires, resgatamos as narrativas de duas pessoas em tratamento de longa duração para mergulhar na produção cotidiana de “ser”, “fcar” e “manter” indetectável. Consideramos, nesse quadro, que o devir-indetectável implica uma coexistência entre controle e descontrole que se desenvolve em um processo com-outros, no qual os sujeitos realizam buscas para encontrar respostas para seus sofrimentos. Esses processos implicam a formação tanto de vínculos frágeis, momentâneos e incertos quanto de relações com outros que constituem um resseguro para a manutenção dos tratamentos. As of 2018, the “Undetectable = Intransmissible” (U=U) formula, indicating that a person whose viral load is undetectable has zero chances of transmitting HIV sexually, was raised by UNAIDS and other international organizations as the “path towards ending the epidemic”. Together with the development of highly efective antiretroviral treatments, which imply the reduction of the number of pills and daily intakes, increasingly optimistic “Post-AIDS” discourses have raised “undetectability-untransmissibility” as a comprehensive, simple and efective response for controlling the virus at both the individual and community level. Tis article intends to observe “viral undetectability” taking into account the myriad of ways in which it is confgured and produced in diferent spaces, relationships and vital times in which it’s put into play. Based on an ethnographic study carried out in a Municipal HIV Program in the Province of Buenos Aires, we recover the narratives of two people undergoing long-term treatment to delve into the daily production of “being”, “staying” and “maintaining” undetectable. We consider, within this framework, that becoming-undetectable implies a co-existence between control and lack of control that develops itself within an intersubjective process, in which the subjects carry out searches to fnd answers to their sufering. Tese processes imply the formation of both fragile, momentary and uncertain ties as well as relationships with-others that constitute a reinsurance for treatment continuity.
Entre el control y la incertidumbre: la producción cotidiana de la indetectabilidad
Título:
Between control and uncertainty: the daily production of undetectability
Fecha de publicación:
12/2022
Editorial:
Universidad Federal de Río Grande del Norte
Revista:
Vivencia: Revista de Antropología
ISSN:
2238-6009
Idioma:
Español
Tipo de recurso:
Artículo publicado
Clasificación temática:
Resumen
Palabras clave:
HIV
,
CARGA VIRAL
,
FIM DA EPIDEMIA
,
INDETECTABILIDADE
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Citación
Gagliolo, Agostina Aixa; Margulies, Susana Silvia; Entre el control y la incertidumbre: la producción cotidiana de la indetectabilidad; Universidad Federal de Río Grande del Norte; Vivencia: Revista de Antropología; 1; 60; 12-2022; 21-43
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