Historia de un amor imposible: Escenas filosóficas del régimen poético

Abstract

¿Por qué reaparecen una y otra vez, de Platón a Agamben, las reflexiones sobre poesía, casi como una obsesión de la filosofía? En efecto, la poesía atraviesa todos los espacios simbólicos de la filosofía: el exterior, el interior y el entre. A su vez, aparece en todas sus instancias temporales: la poesía como origen de la filosofía; como continuación “natural” del avatar filosófico y como límite último. En el presente artículo, quisiera concentrarme en algunos casos puntuales –podríamos llamarlos, con Rancière, escenas del régimen poético– que permitan repensar estos movimientos espaciotemporales de lo poético en lo filosófico para elaborar, a la par, las relaciones entre lo pensativo y lo afectivo, que se suceden como consecuencia del contacto –siempre pasional, a veces violento– entre filosofía y poesía.

What is the reason of the reappearance, from Plato to Agamben, of the considerations about poetry, almost like a philosophical obsession? As a matter of fact, poetry goes through all of the symbolic spaces of philosophy –exterior, interior and in between. In turn, poetry appears in every temporal instance –poetry as the origin of philosophy; as a “natural” continue of the philosophical avatar and as its ultimate limit. In the current paper, I would like to concentrate in some punctual cases (that we could call, with Rancière, scenes of the poetic regime) that aloud as to rethink those space-time movements of poetry inside philosophy in order to elaborate, at the same time, the relation between thinking and feeling, that take place as a consequence of the contact (always with passion, sometimes with violence) between poetry and philosophy

Por que reaparecem continuamente, de Platão a Agamben, as reflexões sobre poesia, quase como uma obsessão da filosofia? Na verdade, a poesia atravessa todos os espaços simbólicos da filosofia: o exterior, o interior e o entre. Por sua vez, aparece em todas as suas instâncias temporais: a poesia como origem da filosofia; como uma continuação “natural” do percurso filosófico e como um limite último. Neste artigo, gostaria de me concentrar em alguns casos específicos –poderíamos chamá-los, com Rancière, de cenas do regime poético– que nos permitem repensar esses movimentos espaçotemporais do poético no filosófico para elaborar, ao mesmo tempo, as relações entre o pensativo e o afetivo, que se produzem a partir do contato –sempre apaixonado, às vezes violento– entre a filosofia e a poesia.