Inventar e imprimir: las obras y las revistas de la vanguardia invencionista en el Río de la Plata

Abstract

A partir de mediados de los años cuarenta las agrupaciones Arte Madí, Arte Concreto y Perceptismo apostaron a inventar objetos artísticos que contribuyeran a generar una sociedad nueva a partir del abandono de la ilusión. Los marcos recortados y los coplanares fueron sus primeros intentos de concebir obras de arte como dispositivos: objetos con el poder de actuar sobre nosotros y nuestro entorno. Además, editaron sus propias revistas para dar sentido a sus propuestas estéticas en términos de movimientos artísticos. Este artículo se propone confrontar aspectos formales, materiales e históricos de las obras del invencionismo rioplatense con los modos en que obras y proyectos circularon sobre el papel de sus revistas. Poner el foco en las imágenes impresas nos permite formular nuevas preguntas sobre los modos en que estos objetos fueron concebidos. A la vez, pone en evidencia una dimensión ficcional para las revistas de vanguardia en tanto plataformas para generar futuro, para impulsar las propuestas estéticas hacia ese horizonte de deseo clave en las vanguardias.

Art groups Madí, Arte Concreto-Invención and Perceptismo aimed to “invent” artistic devices that could generate a new society by abandoning illusion. Shaped canvases and coplanares were their earliest attempts to conceive artworks as devices, objects that hold the power to act upon us and our environment. These artists also edited different magazines in order to provide sense to their aesthetic proposals in terms of artistic movements. This paper intends to confront formal, material and historical aspects of the invencionismo artworks with the ways in which artworks and projects circulated on paper as part of their magazines. Focusing on printed images allows us to formulate new questions about the way in which these objects were conceived. At the same time, it also acknowledges a fictional dimension for avant-garde magazines as platforms to generate future, to drive esthetical proposals toward that key desire horizon for avant-gardes.

Desde a metade da década dos anos quarenta, as agrupações Arte Madí, Arte Concreto e Perceptismo tentaram por “idear” objetos artísticos para contribuir à criação de uma nova sociedade baseada no abandono da ilusão. Os “marcos recortados” e os complanares foram suas primeiras aproximações ao conceito da arte como dispositivo: objetos com a capacidade de influir sobre nós e o nosso entorno. Aliás, editaram suas próprias revistas para assim dar sentido às propostas estéticas como movimentos artísticos. Este artigo propõe contrastar aspetos formais, materiais e históricos das obras do invencionismo do Rio da Prata com as maneiras nas que as obras e os projetos transitaram as páginas de suas revistas. Concentrar o olhar nas imagens impressas permite fazer perguntas novas sobre as formas nas que estos objetos foram concebidos. Mesmo, evidencia uma dimensão de ficção que as revistas de vanguarda tiveram para imaginar o futuro, para impulsar as propostas estéticas ao horizonte de desejos fundamentais das vanguardas.