Voces de la igualdad y la diferencia en el Budismo Soka: El género como paradoja

Abstract

El presente trabajo explora los modos en que las/os practicantes del budismo Soka del Área Metropolitana de Buenos Aires conciben y evalúan el género y la (re)producción de sus estereotipos al interior de la práctica espiritual. Entre 2018 y 2020 se realizaron múltiples entrevistas y observación participante en diversos focos etnográficos, donde encontramos que la organización y dinámicas de la Soka se critican según cómo se evalúen los efectos paradójicos de la igualdad y la diferencia (re)producidos por la institución; existe una tensión entre la afirmación de la igualdad —favorable a la autonomía de las mujeres— y las categorías tradicionales usadas para alcanzarla; se critican las diferencias que reafirman estereotipos de género, pero se valora la contención brindada en espacios exclusivamente femeninos para el abordaje de problemáticas específicas; las diferentes perspectivas que cohabitan entre practicantes sobre los debates de género constituyen otra manifestación del pluralismo dentro de la práctica.

This paper explores the ways practitioners of Soka Buddhism in the Metropolitan Area of Buenos Aires conceive and evaluate gender and the (re)production of its stereotypes within spiritual practice. Between 2018 and 2020, multiple interviews and participant observations were conducted in various ethnographic foci, where we found that the organization and dynamics of Soka are criticized depending on how the paradoxical effects of equality and difference (re)produced by the institution are evaluated. There is a tension between the affirmation of equality —conducive to the autonomy of women— and the traditional categories used to achieve it. Differences that reaffirm gender stereotypes are criticized, but the containment provided in exclusively female spaces to address specific problems is valued. The various perspectives that coexist among practitioners on gender debates constitute another manifestation of pluralism within the practice.

Este artigo explora as formas como os praticantes do Budismo Soka na Região Metropolitana de Buenos Aires concebem e avaliam o gênero e a (re)produção de seus estereótipos na prática espiritual. Entre 2018 e 2020, foram realizadas entrevistas múltiplas e observação participante em diversos focos etnográficos, onde constatamos que a organização e a dinâmica da Soka são criticadas dependendo de como são avaliados os efeitos paradoxais de igualdade e diferença (re)produzidos pela instituição; há uma tensão entre a afirmação da igualdade —favorável à autonomia das mulheres— e as categorias tradicionais utilizadas para alcançá-la; criticam-se as diferenças que reafirmam os estereótipos de gênero, mas valoriza-se a contenção proporcionada em espaços exclusivamente femininos para tratar de problemas específicos; as diferentes perspectivas que coexistem entre os profissionais sobre os debates de gênero constituem outra manifestação do pluralismo na prática.