Derrubar monumentos e grafitar a história da dança: Táticas irreverentes das danças latino-americanas

Abstract

Este artigo trata de experiências metodológicas e pedagógicas para descolonizar a historiografia das danças. Estas se desenvolvem a partir da metáfora de pichar/grafitar a história, que implica também demolir monumentos. A referida metáfora propõe a historiografia dominante como as paredes do espaço público puro, linear, branco e organizado, a receber interferências pelo grafite como tática irreverente, como iconoclastia secular. A escrita argumenta a favor da intervenção gráfica como crítica, como questionamento do que está estabelecido e do que poderia ser, como escrita de risco à qual os historiadores devem responder.

The article summarizes methodological and pedagogical experiences for decolonizing the historiography of dances. These are developed from the metaphor of graffitiing history, which also implies tearing down monuments. This metaphor presents the dominant historiography as the walls of pure, linear, white, and clean public space that graffiti is meant to intervene in as an irreverent tactic, a secular iconoclasm. The writing argues for graphic intervention as critique, as questioning what is established and what should be, as a writing of risk to which historians should respond.