Vocaciones religiosas femeninas y comunidades en el catolicismo argentino contemporáneo

Abstract

El artículo analiza trayectorias de religiosas insertas en comunidades católicas de Argentina en el siglo XXI. Indaga en sus historias antes de optar por la vida religiosa, sentidos sobre su vocación religiosa, dinámicas comunitarias y las dificultades que enfrentan. Los datos producidos surgen de entrevistas en profundidad realizadas a 15 religiosas y trabajo de campo en comunidades católicas entre 2013 y 2019. La opción de las mujeres por la vida religiosa parte de un “llamado de Dios” cimentado en su previa socialización católica y en las redes establecidas con especialistas religiosas/os durante su infancia y juventud, que les permitieron considerar la vida religiosa como proyecto y estilo de vida posible. Las religiosas ingresan a la comunidad luego de un discernimiento que confirma su vocación e inician carreras pastorales y profesionales según el carisma de la comunidad elegida. En las comunidades la vida religiosa es concebida como“vocación” donde todas las actividades están consagradas a Dios mediante una “ascesis activa” que posiciona a las religiosas como instrumentos divinos en el mundo. Las concepciones delas comunidades como “familia” permiten visibilizar el vínculo fraterno entre las religiosas, tejido y consolidado por el proyecto colectivo que comparten en un espacio de contención emocional, espiritual y material.

The article analyzes the trajectories of religious women in Argentina’s Catholic communities in the 21st century. It explores their stories before opting for spiritual life and senses their religious vocation, community dynamics, and the difficulties they face. The data we produced came from in-depth interviews with 15 holy women and fieldwork in Catholic communities between 2013 and 2019. The women’s option for religious life comes from a “call from God” based on their previous Catholic socialization and the networks established with religious specialists during their childhood and youth, allowing them to consider spiritual life as a possible project and lifestyle. Religious enter the community after a discernment that confirms their vocation, and they begin pastoral and professional careers according to the charism of their chosen community. These communities see religious life as a “vocation” where all activities are consecrated to God through an “active asceticism” that positions religion as a divine instrument in the world. The conceptions of the communities as “family” make visible the fraternal bond between the religious, woven and consolidated by the collective project that they share in the space of emotional, spiritual, and material support.

O artigo analisa trajetórias de religiosas inseridas em comunidades católicas da Argentina no século XXI. Indaga sobre suas histórias antes de optar pela vida religiosa, os significados de sua vocação religiosa, as dinâmicas comunitárias e as dificuldades enfrentadas. Os dados produzidos são provenientes de entrevistas aprofundadas realizadas com 15 religiosas e do trabalho de campo em comunidades católicas entre 2013 e 2019. A opção das mulheres pela vida religiosa deriva de um “chamado de Deus” baseado em sua socialização católica prévia e nas redes estabelecidas com especialistas religiosas/os durante sua infância e juventude, o que lhes permitiu considerar a vida religiosa como um projeto e estilo de vida possível. As religiosas entram na comunidade após um discernimento que confirma sua vocação e iniciam uma carreira pastoral e profissional de acordo com o carisma da comunidade escolhida. Nas comunidades, a vida religiosa é concebida como uma “vocação”, na qual todas as atividades são consagradas a Deus por meio de uma “ascese ativa” que posiciona as religiosas como instrumentos divinos no mundo. As concepções das comunidades como “família” tornam visível o vínculo fraterno entre as religiosas, concebido e consolidado pelo projeto coletivo que compartilham em um espaço de contenção emocional, espiritual e material.