Proceso de trabajo, legislación laboral y empleo femenino en el teletrabajo

Abstract

Abordamos la emergencia del teletrabajo mediante una perspectiva histórica examinando las tendencias contradictorias a concentrar y dislocar el trabajo bajo el capitalismo. Con este enfoque estudiamos las similitudes y diferencias del teletrabajo respecto a las formas tradicionales de trabajo a domicilio. Para ello, analizamos el proceso de trabajo y la naturaleza de las actividades que se desarrollan bajo esta modalidad desde un abordaje teórico marxista. Esta perspectiva histórica contribuye a conformar una mirada de largo plazo de las transformaciones estudiadas y cuestionar algunos de los preconceptos más arraigados sobre el trabajo femenino, relativos a las supuestas preferencias de las mujeres a desempeñar actividades laborales en el ámbito doméstico. A su vez, nos permite ponderar la utilidad de incorporar dispositivos legales creados para regular el trabajo a domicilio a la legislación del teletrabajo, lo que a nuestro juicio contribuiría a evitar la flexibilidad laboral en este ámbito.

Abordamos a ocorrência do teletrabalho a partir de uma perspectiva histórica, examinando as tendências contraditórias de concentração e deslocamento do trabalho no contexto capitalista. A partir dessa abordagem, analisamos as semelhanças e diferenças do teletrabalho em relação às formas tradicionais de trabalho remoto. Para tanto, discutimos o processo de trabalho e a natureza das atividades que ocorrem nessa modalidade a partir de uma perspectiva marxista. Essa perspectiva histórica contribui para formar uma visão de longo prazo das transformações estudadas e questionar algumas ideias mais arraigadas sobre o trabalho feminino, relacionadas às supostas preferências das mulheres para exercer atividades laborais no âmbito doméstico. Ao mesmo tempo, permite ponderar a necessidade de incorporar na legislação do teletrabalho dispositivos legais para regulamentar o teletrabalho, o que contribuiria a evitar a flexibilidade trabalhista.

Based on a historical overview on the emergence of telework, this study examines the contradictory capitalist trends of concentrating and displacing labor, investigating the similarities and differences in telework regarding traditional forms of homebased work. To do so, it analyzes the work process and the nature of activities developed under this modality from a Marxist approach. This historical perspective contributes to build a long-term view of the transformations studied and to question deeply rooted preconceptions about female employment, related to women’s supposed preference for performing domestic work activities. Moreover, it allows us to ponder the usefulness of incorporating legal devices created to regulate home-based work into telework legislation, which would contribute to avoid labor flexibility therein.

Nous abordons l’émergence du télétravail à travers une perspective historique examinant les tendances contradictoires de concentration et de dislocation du travail sous le capitalisme. Avec cette approche, nous étudions les similitudes et les différences du télétravail par rapport aux formes traditionnelles de travail à domicile. Pour cela, nous analysons le processus de travail et la nature des activités qui se développent sous cette modalité à partir d’une approche théorique marxiste. Cette mise en perspective historique contribue à façonner une vision à long terme des transformations étudiées et à remettre en question certaines des idées préconçues les plus profondément ancrées sur le travail féminin, liées aux préférences supposées des femmes pour exercer des activités de travail dans la sphère domestique. En même temps, cela permet d’envisager l’utilité d’intégrer dans la législation sur le télétravail les dispositifs juridiques créés pour réglementer le travail à domicile, ce qui, à notre avis, contribuerait à éviter la flexibilité du travail dans ce domaine.