Sexología, medicalización y perspectiva de género en la Argentina contemporánea

Abstract

El artículo explora los orígenes y dinámicas contemporáneas de la sexología en Argentina, con el objetivo de analizar dos cuestiones relevantes: 1) ¿cómo perciben sexólogas y sexólogos la creciente medicalización de la sexualidad?; y 2) ¿han incorporado estos profesionales, de alguna manera, una perspectiva de género en sus intervenciones? Ambos fenómenos se vinculan, ya que la medicalización contribuiría a la reproducción de asimetrías y estereotipos tradicionales de género, tanto en la organización del campo sexológico como en las concepciones de sexualidad utilizadas. El artículo se basa en una investigación empírica a partir de fuentes secundarias (programas de cursos y congresos sexológicos, reglamentos de afiliación y acreditación de asociaciones sexológicas, curriculum vitae de profesionales) y entrevistas a referentes del campo sexológico y a profesionales que abordan cuestiones de sexualidad e interactúan frecuentemente con sexólogos, pero que no se reconocen como tales.

This article inquires into the origins and current dynamics of sexology in Argentina, with the aim of analyzing two questions: 1) how sexologists perceive the growing medicalization of sexuality? and 2) have these professionals incorporated a gender perspective in their activities? Both phenomena are related, because medicalization contributes to the reproduction of gender asymmetries and stereotypes, within sexological field organization and their sexuality conceptions. The article is based on an empiric research including secondary sources (contents of sexology courses, conferences' programs, sexology associations' affiliation, accreditation rules and individual professionals' curriculum vitae) and interviews with sexology referents and professionals who deal with sexuality issues and often interact with sexologists, but who do not acknowledge themselves as such.

O artigo explora as origens e dinâmicas contemporâneas da sexologia na Argentina, com o intuito de analisar duas questões relevantes: 1) como percebem sexólogas e sexólogos a crescente medicalização da sexualidade?; e 2) tem incorporado estes profissionais, de algum jeito, uma perspectiva de gênero em suas intervenções? Ambos os fenômenos estão ligados, já que a medicalização contribuiria para a reprodução de assimetrias e estereótipos tradicionais de gênero, tanto na organização do campo sexológico como nas concepções de sexualidade utilizadas. O artigo se baseia numa pesquisa empírica a partir de fontes secundárias (programas de cursos e congressos sexológicos, regulamentos de afiliação e credenciamento de associações sexológicas, curriculum vitae de profissionais) e entrevistas a referentes do campo sexológico e a profissionais que abordam questões de sexualidade e interagem frequentemente com sexólogos, mas não se reconhecem como tais.