La ciudad de los vecinos: Buenos Aires, 2007-2011

Abstract

El artículo condensa los puntos centrales de una investigación en curso para tesis de maestría, la cual, desde una perspectiva interesada por la producción social de significaciones, propone un análisis de los modos en que la figura de "los vecinos" adquiere peso en relación con procesos políticos y de transformación urbana en la ciudad de Buenos Aires durante el período 2007-2011. Se afirma que en el contexto citado los vecinos se construyen como un actor legítimo de reclamos a las autoridades, al tiempo que en su nombre se realizan intervenciones y transformaciones urbanas por parte de la administración local. En la investigación se caracterizan diferentes discursos: vecinal, securitario, patrimonial-ambientalista. Se sostiene que, contra la suposición de que "vecinos" es un término que alude de manera general a "habitantes de la ciudad", en cada uno de dichos discursos se los construye de maneras diversas, de acuerdo con sus demandas, con sus relaciones con otras figuras (los "políticos", las "empresas", los "delincuentes", los "vendedores ambulantes", etc.), así como con concepciones de la política y de la ciudad. Para el análisis se toman enunciados de organizaciones que se autodenominan vecinales así como de actores vinculados con distintas instancias de gobierno local. En el plano teórico, se procura avanzar sobre interrogantes relativos a la relación entre identidades políticas y concepciones del espacio, así como sobre los vínculos entre discurso, política y subjetividad.

This article summarizes the main points in an ongoing investigation for a magister thesis, which, from a perspective focused on the social production of meaning, proposes an analysis of the ways in which the figure of “the neighbors” acquires importance in light of political processes and urban transformations in the City of Buenos Aires during the 2007-2011 period. In this context, “the neighbors” is erected as a legitimate actor in demands towards the authorities, while, in its name, the local administration executes interventions and urban transformations. Various discourses are characterized in this investigation: vecinalista (neighborhood-centered), securitario (security-centered), and patriomonialambientalista (environmental-patrimonial). It is argued that, contrary to the belief that the term “neighbors” refers in some general sense to the “inhabitants of a city,” in each of the aforementioned discourses this term is constructed in several ways, according to the demands of the discourse, according to its relationship to other figures (“politicians”, “companies”, “criminals”, “street vendors”, etc.), and according to conceptions about politics and the city. The present analysis is based on statements from self-defined neighborhood groups, as well as actors linked at various levels to local government. At the theoretical level, this project aims to study questions concerning the relationship between political identities and conceptions of space, as well as the links between discourse, politics, and subjectivity.

O artigo resume os principais pontos de uma pesquisa em curso para a tese de mestrado que, desde uma perspectiva que se interessa na produção social de significações, propõe uma análise das formas em que a figura de “vizinhos” ganha peso em relação aos processos políticos de transformação urbana na cidade de Buenos Aires durante o período de 2007-2011. Afirma-se no contexto acima que os vizinhos são construídos como um ator de reivindicações legítimas às autoridades, enquanto que nas intervenções de seus nomes e as transformações urbanas realizadas pela administração local. Na pesquisa, são caracterizados discursos diferentes: o discurso da vizinhança, securitário-ambiental do patrimônio. Argumenta-se que, contrariamente à suposição de que “vizinhos” é um termo que geralmente se refere aos “habitantes da cidade” em cada um desses discursos são construídos de maneiras diferentes de acordo com suas demandas, suas relações com outras figuras (os “políticos”, as “Companhias”, os “criminosos”, os “Fornecedores”, etc.) e concepções de política e da cidade. Para a análise, são feitas afirmações que se chamam organizações de bairro e atores envolvidos em vários níveis de governo local. No plano teórico, é seu objetivo promover em questões relativas à relação entre identidades políticas e concepções de espaço e sobre as relações entre discurso, política e subjetividade.