Ser caboclo no oeste catarinense: Representações de professores dos anos iniciais do ensino fundamental

Abstract

Este artigo apresenta resultados de uma pesquisa com docentes dos anos iniciais de uma escola da Rede Municipal de Ensino de Chapecó, localizada no Oeste de Santa Catarina – Brasil, que objetivou compreender que representações os professores estabelecem acerca do “ser caboclo” e que abordagens fazem sobre essa cultura em sala de aula. Um estudo de cunho qualitativo, em que se fez uso de entrevistas semiestruturadas e da Análise Textual Discursiva. Tendo como aporte teórico as lentes de Pierre Bourdieu (1996, 2002, 2013) para pensar as representações, a investigação permitiu inferir a permanência de visões hegemônicas no ambiente escolar, acarretando a exclusão de alguns grupos sociais que já foram colocados à margem pela “história oficial”, como o caboclo. Com novos estudos a respeito desses grupos, ficam postos à escola e à sociedade em geral a necessidade de repensar a forma de historicizar a presença deles na história da região em estudo.

This paper presents results of a research with initial years teachers in a Municipal Education Network School, from Chapecó, located in Santa Catarina´s West - Brazil, which aimed to understand what representations teachers establish about "being caboclo" and what approaches they take about this culture in the classroom. It's a qualitative study, in which semi-structured interviews and Textual Discourse Analysis were used. Having as theoretical contribution Pierre Bourdieu vision´s (1996, 2002, 2013) to think about the representations, the investigation allowed us to infer the permanence of hegemonic views in school's environment, leading the exclusion of some social groups that have already been marginalized by the "official history", such as the caboclo. With new studies on these groups, the school and society in general are faced with the need to rethink the way to historicize their presence in the history of the region under study.