Prevención de endoftalmitis posquirúrgica en Argentina: encuesta nacional del Consejo Argentino de Oftalmología 2014

Abstract

Objetivo: El objetivo de este trabajo fue determinar las preferencias de los cirujanos argentinos en el manejo perioperatorio de la cirugía de cataratas para la prevención de endoftalmitis posquirúrgica. Métodos: El Consejo Argentino de Oftalmología realizó por internet una encuesta a sus miembros sobre los factores de riesgo para endoftalmitis en octubre 2014. Los datos fueron analizados estadísticamente, considerando una diferencia estadísticamente significativa a un valor p < 0,05. Resultados: Se recibieron respuestas del 5,7% de los oftalmólogos encuestados. El 63% de las respuestas provino de cirujanos de sexo masculino de entre 30 y 50 años de edad. De ellos, el 78% realiza de 1 a 30 cirugías por mes. La medida preventiva más utilizada es iodopovidona (99%), secundada por el Steri-Drape (94%). El 99% utiliza antibiótico profilaxis tópica, mientras que 63% prefiere su uso sistémico y 27%, su uso intracamerular. El 73% de los encuestados utiliza incisión corneal; 61%, con incisión de 2,8 mm; y de 2,2 mm el 14% de los casos. La sutura de la herida corneal la realiza la minoría de los encuestados. Conclusiones: La participación de los médicos oftalmólogos en la encuesta fue relativamente baja. Los datos obtenidos son comparables a países europeos. Operar más de 30 cataratas por mes, el uso de antibióticos intracamerulares, la utilización de dosis única antibiótico sistémico, el uso de incisión de 2.8 mm, implantar la LIO con inyector, y no utilizar punto en el cierre de la herida, podrían ser factores de riesgo que predisponen a desarrollar endoftalmitis.

Objective: The purpose of this paper was to determine Argentinian surgeons’ preferences for perioperative management of cataract surgery to prevent postoperative endophthalmitis. Methods: In October 2014, the Argentinian Board of Ophthalmology conducted an online survey to be completed over the internet by its members on endophthalmitis risk factors. Data were statistically analyzed, and the difference was considered statistically significant when p < 0.05. Results: Answers to the survey were received from 5.7% of surveyed ophthalmologists, of which 63% were male surgeons from 30 to 50 years of age. The survey revealed that 78% of these surgeons perform from 1 to 30 procedures a month. The most widely used preventive measure is iodopovidone (99%) administration, and the second most used involves Steri-Drape (94%). Ninety-nine percent use prophylactic topical antibiotic treatment, while 63% prefer its systemic use and, 27%, intracamerular injections. Seventy-three percent of surgeons surveyed use corneal incisions; 61% make 2.8-mm incisions; and 14%, 2.2-mm incisions. A minority of them suture the corneal wound. Conclusions: A relatively low number of ophthalmologists answered the survey. Data thus obtained are comparable to those reported in European countries. The fact of operating on 30 cataract cases per month, use of intracamerular antibiotics, use of a single dose of systemic antibiotics, performing a 2.8-mm incision, use of an injector for IOL implantation, and failing to use sutures for wound closure, might be risk factors predisposing to the development of endophthalmitis.

Objetivo: O objetivo deste trabalho foi determinar as preferências dos cirurgiãos argentinos no uso perioperatório da cirurgia de cataratas para a prevenção de endoftalmite pós-cirúrgica. Métodos: No ano 2014, o Conselho Argentino de Oftalmologia realisou uma pesquisa online entre seus membros sobre os fatores de risco para endoftalmite. Os dados foram analisados estatisticamente, considerando uma diferença estatísticamente significativa a um valor p < 0,05. Resultados: Foram recebidas respostas de 5,7% dos oftalmologistas inquiridos. 63% dessas respostas foram de cirurgiãos de sexo masculino, entre 30 y 50 anos de idade. Deles, 78% realisa de 1 a 30 cirurgias por mês. A medida preventiva mais utilizada é iodopovidona (99%), apoiada pelo Steri-Drape (94%). 99% utiliza antibiótico profilaxia tópica, entanto que 63% prefere seu uso sistêmico e 27%, seu uso intracamerular. 73% dos inquiridos utiliza incisão corneana; 61%, com incisão de 2,8 mm; e de 2,2 mm, 14% dos casos. A sutura da ferida corneal é realizada pela minoria dos inquiridos. Conclusões: a participação dos médicos oftalmologista na pesquisa foi relativamente baixa. Os dados obtidos são comparáveis com países europeus. Operar mais de 30 cataratas por mês, o uso de antibióticos intracamerulares, a utilização de dose única de antibiótico sistêmico, o uso de incisão de 2.8 mm, implantar a LIO com injetor e não utilizar ponto no fechamento da ferida, poderiam ser fatores de risco que predispõem ao desenvolvimento de endoftalmite.